Resumo

O risco eminente de morte súbita no futebol tem despertado interesse da opinião publica, sendo que a principal forma de reduzi-lo é através da prevenção. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar os protocolos e rotinas utilizadas por clubes de futebol do estado do Piauí para a detecção e prevenção de fatores preditores de morte súbita cardíaca em seus atletas. Foram entrevistados representantes de oito clubes de futebol do estado do Piauí, os quais responderam um questionário que consistia de perguntas abertas relativas aos profissionais que compõem a equipe de saúde, os exames e a frequência com que eram realizados. Os resultados foram tabulados de forma a verificar sua adequação as diretrizes da American Heart Association, da European Society of Cardiology e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte/Sociedade Brasileira de Cardiologia. Um critério de pontuação foi desenvolvido para averiguar a adaptação dos clubes e essas diretrizes. A equipe técnica era composta por técnico, preparador físico e preparador de goleiros. Não foi encontrado na equipe médica nenhum especialista em cardiologia, medicina desportiva ou ortopedia. A anamnese e o exame de sangue comum foram as avaliações mais realizadas e ocorriam apenas na contratação. Na análise da pontuação, os clubes atingiram em média 22% do valor máximo previsto. Neste sentido, podemos concluir que os clubes de futebol do estado do Piauí não estão realizando uma Avaliação Pré-Participação adequada de acordo com as diretrizes preconizadas.

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