Motivação de Mulheres Para Ginástica em Academia - Aproximações e Distanciamentos Entre Dois Grupos Distintos

Por  volta  dos  anos  de  1980  a  ginástica  aeróbica  se  tornou  a  grande  febre  das  mulheres  nas  academias  de  todo  o  mundo  e,  desde  então,  segue  sendo  a  atividade  mais  procurada  por  mulheres nas academias de ginástica (Frazão & Coelho, 2015). Para os gestores deste ramo é  importante identificar os estímulos que levam as pessoas a aderirem a uma modalidade, por isso  seria interessante conhecer as motivações de seus praticantes. Pesquisar, então, o que motiva as  clientes  na  busca  e  permanência  de  qualquer  exercício  físico  ofertado,  traz  às  academias  a  possibilidade  de  conquistar  e  fidelizar  sua  clientela,  assim  como  direcionar  melhor  seus  recursos. Este estudo de caso sucedeu-se em uma academia do interior do estado do Rio Grande  do Sul e teve como questão norteadora a existência de diferenças de motivação entre mulheres  pagantes para a prática de ginástica em academia e de mulheres que não pagam por esse serviço,  subsidiado  por  uma  empresa  multinacional  do  ramo  agrícola.  Como  objetivos,  buscou-se  compreender a motivação de mulheres para a prática de ginástica  de forma paga ou gratuita;  identificar o significado da ginástica em academia para as alunas; identificar os fatores sociais  que motivam e desmotivam a prática e a preferência de modalidades de ginástica aeróbica ou  localizada pelas alunas. Foram utilizadas a observação não participante e a entrevista  semiestruturada  como instrumentos de coleta de  dados. A  categorização  das informações e  a  triangulação de dados foram as estratégias que orientaram a análise e interpretação do estudo.  Os resultados observaram razões diferentes para a prática da ginástica em academia: o grupo  gratuito  aponta  o  poder  da  socialização  da  ginástica  e  o  grupo  pagante  aponta  os  resultados  estéticos  por  ela  proporcionados,  sendo  que  a  ginástica  aeróbica  promove  a  socialização  e  a  descontração  do  grupo,  enquanto  a  ginástica  localizada  promove  benefícios  fisiológicos  estéticos que o grupo pagante busca. Foi possível identificar o discernimento e o entendimento  das alunas entrevistadas em ambas as modalidades acerca dos benefícios diferentes com relação  à atividade. Em comum, os dois grupos trazem a preocupação com a saúde. Concluiu-se que a  motivação  para  a  prática  da  ginástica  em  academia  é  dada  de  formas  diferentes  para  os  dois  grupos, o que deve ser levado em consideração pelas academias e espaços públicos no momento  de lhes oferecer atividades

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