Motivação Para o Exercício Físico: Diferenças de Acordo com Experiência de Prática
Por Dartagnan Pinto Guedes (Autor), Rosimeide Francisco Santos Legnani (Autor), Elto Legnani (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 3, 2012. Da página 55 a 62
Resumo
O objetivo do estudo foi identificar os motivos para a prática de exercício físico de acordo com a experiência recente de prática em universitários. A amostra foi constituída por 2380 sujeitos (1213 moças e 1167 rapazes), com idades entre 18 e 35 anos. Os motivos para a prática de exercício físico foram identificados por intermédio da versão traduzida para o português do Exercise Motivations Inventory (EMI-2). A experiência recente de pratica foi identificada por intermédio do tempo relatado de pratica de exercício físico. O tratamento estatístico dos dados foi realizado mediante análise de variância multivariada e univariada, tendo como variáveis dependentes os fatores de motivação e variáveis independentes o sexo e os estratos de experiência de prática de exercício físico (não pratica, ? 6 meses, 6-24 meses e ? 2 anos). Os resultados revelaram efeito significativo de sexo (Wilks’ Lambda = 0,737; F(10,2369) = 84,736; p < .001) e estratos de experiência de prática (Wilks’ Lambda = 0.889; F(30,8954) = 29.443; p < .001) no grau de importância apontado pelos universitários para a prática de exercício físico. Motivos para a prática de exercício físico associados à Condição Física (F = 6,319; p < .001), Controle de Peso Corporal (F = 10,980; p < .001), Aparência Física (F = 9,357; p < .001) e Competição (F = 9,246; p < .001) receberam importância significativamente maior dos universitários que manifestaram não praticar ou praticar exercício físico ? 6 meses, enquanto os universitários mais experientes com a prática de exercício físico demonstraram significativamente maior motivação direcionada ao Controle de Estresse (F = 4,369; p = .001), Diversão/Bem-Estar (F = 11,505; p < .001) e Afiliação (F = 3,203; p = .012). Concluindo, as diferenças encontradas podem influenciar em sua aderência e devem ser consideradas no delineamento de programas voltados à promoção de exercício físico entre os universitários