Motivações intrínsecas e extrínsecas nas aulas de educação física remota
Por Antônio Nides de Oliveira Nunes (Autor), Wellington Danilo Soares (Autor), Ronilson Ferreira Freitas (Autor), Vivianne Margareth Chaves Pereira Reis (Autor), Alenice Aliane Fonseca (Autor).
Em Revista Eletrônica Nacional de Educação Física - RENEF v. 5, n 5, 2022.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar as motivações intrínsecas e extrínsecas nas aulas de educação física remota durante o isolamento social pela pandemia Covid-19em alunos do ensino fundamental II. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal e caráter quantitativo, realizado com alunos matriculados no ensino fundamental II de escolas públicas do norte de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada através do google forms. Participaram do estudo 286 alunos, com média de idade de 12,97 anos DP±1,30, sendo 60,5% (n=173) do sexo feminino e 39,5% (n=113) masculino. Ao avaliar a motivação intrínseca e extrínseca observou-se que as meninas são menos motivadas para a participação das aulas de Educação Física remotas, quando comparada aos meninos. Os comportamentos de motivação intrínsecas: não consegue realizar bem as atividades (p=0,000), tem vergonha de ligar a câmera para participar das aulas (p=0,054), as aulas exercitam pouco o corpo (p=0,013) e não há tempo para praticar tudo o que gostaria (p=0,000). E as motivações extrínsecas: o professor não incentiva a participação (p=0,039), os colegas não participam (p=0,002) e não tem os materiais necessários para a aula (p=0,008) apresentaram diferenças significativas. Os resultados deste estudo nos permitem afirmar que um número elevado de alunos de ambos os gêneros se encontrava desmotivados. No entanto, os meninos estavam mais motivados intrínseca e extrinsecamente em relação as meninas. Com isso, destaca-se a importância da atuação do professor como principal agente de motivação durante períodos de aulas remotas.