Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar os motivos que levam os atletas de Voleibol a retornarem ao seu país de origem, após a expatriação e como os mesmos avaliam o processo de expatriação para sua carreira. Participaram 30 pessoas, sendo 20 atletas (17 homens e 3 mulheres), e 10 ex-atletas (2 homens e 8 mulheres), com média de idade de 30,96 anos. O instrumento utilizado foi desenvolvido e validado via TRI, utilizando-se do ajuste ao modelo de Rasch. O mesmo foi construído em 2 partes, sendo a primeira parte responsável por características gerais, contendo questões abertas e fechadas, e a segunda parte responsável por questões de adaptação, contendo apenas questões fechadas com respostas em escala do tipo Likert de 5 pontos. No presente estudo, apenas as questões pertinentes aos objetivos foram analisadas. Para as análises inferenciais, utilizou-se da Anova one-way com medida repetida no último fator, teste t pareado e Correlação de Pearson. Quando foram encontradas diferenças significantes, conduziu-se testes de post hoc. Os resultados demonstraram que os atletas apresentaram como o motivo que mais ocasionou retorno para o Brasil, a saudade da família (p = 0,014). Entretanto, mesmo assim, os atletas consideraram proveitosa a expatriação, provavelmente pelo fato de compreenderem o valor de enriquecimento cultural e profissional que o processo lhe trouxe, mesmo não conquistando os títulos e salários esperados. Diante de tais achados, pode-se concluir que o motivo mais importante para o retorno do atleta ao Brasil foi a família, demonstrando a necessidade de treinamento intercultural junto ao atleta e a busca de modelos de expatriação que envolvam a família no processo, com o intuito de minimizar os danos causados pela saudade da família.

Acessar