Sobre
Antes de cada aula, antes de cada treino, o profissional de Educação Física deve levantar, no silêncio da sua consciência, esta pergunta: qual o homem (qual a mulher) que eu quero que nasça do treino, ou da aula, que vou liderar? É uma mulher, é um homem, é uma criança, na inteireza da sua complexidade, que se encontram diante de mim. Foi pensando na mulher, no homem e na criança que este livro, Motricidade Escolar, se fez. Com brilhante organização de Denise Aparecida Corrêa, Fábio Ricardo Mizuno Lemos e Cae Rodrigues, que com afinco vem se dedicando ao estudo da Motricidade Humana em geral e da Motricidade Escolar em particular.
Parabéns aos seus organizadores e colaboradores, parabéns à Sociedade de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana (SPQMH) e um abraço sobre o coração ao Luiz Gonçalves Junior que eu sei ser a alma manter da “Motricidade Humana”, na Universidade Federal de São Carlos. Não temos a Verdade. Qualquer conclusão definitiva deve considerar¬-se como provisória e precária. Não temos a Verdade, mas, quando fazemos da nossa profissão um espaço de luta pelo desenvolvimento do ser humano, na sua complexidade, ou seja, corpo-mente¬desejo¬natureza¬sociedade, sentimo-nos mais próximos dela. Não é, para este livro, motivo de orgulho o seu prefaciador, mas é para mim uma honra poder acompanhar os seus autores e suas autoras, em obra de grande visibilidade, pelo talento dos especialistas que a pensaram e realizaram. Por mim, sou um homem (já com 82 anos de idade) que nada nega, a não ser a própria negação.
Manuel Sérgio
(Professor Catedrático aposentado da Faculdade de Motricidade Humana)