Movimento e o desafio da Natureza: uma aventura?
Por Phillip G. Payne (Autor), Cae Rodrigues (Autor).
Em Motricidades v. 8, n 3, 2024. Da página 345 a -
Resumo
A Educação ao Ar Livre (EAL) pouco ajudou nas últimas quatro décadas no que se refere ao progresso de respostas interdisciplinares ao colapso dos sistemas ecológicos. As práticas “modernas” anglo-estadunidenses de atividades ao ar livre foram importadas sem as devidas problematizações para outras partes do Norte e do Sul globais e permanecem presas ao legado britânico de atividades de aventura do início do século XX e, na década de 1970, ao desenvolvimento nos EUA de qualificações de liderança ao ar livre. A ‘Natureza’ foi opressivamente (re)projetada na EAL como um desafio, um risco, a ser conquistada para a sobrevivência (humana), não a ser salva. Este breve estudo histórico da evolução da EAL anglo-estadunidense e da sua implantação pedagógica como aprendizagem experiencial fornece um panorama das concepções dominantes e construções populares das ‘experiências ao ar livre’ – uma mistura paradoxal de atividades ao ar livre e habilidades e competências, à medida que são conduzidas pelos conceitos de aventura, recreação, lazer, crescimento pessoal, risco e segurança e liderança.