Movimento On, Obesidade Off: Modelo Lógico de uma Intervenção Interdisciplinar remota para Pacientes com Obesidade Severa no Pré-operatório da cirurgia bariátrica

A obesidade severa representa um importante desafio para a saúde pública, especialmente entre pacientes em fila de espera para cirurgia bariátrica. Nesse cenário, o programa Movimento On, Obesidade Off foi concebido como uma intervenção interdisciplinar remota, com foco na promoção de mudanças comportamentais e na melhoria da aptidão física, do perfil nutricional e da saúde mental desses pacientes.OBJETIVO: Descrever o modelo lógico do programa Movimento On, Obesidade Off, bem como os desafios enfrentados e os resultados preliminares de adesão e aderência.MÉTODOS: Foi desenvolvido um modelo lógico para orientar as intervenções do programa, abrangendo atividades interdisciplinares e monitoramento contínuo dos participantes ao longo de 12 semanas. A intervenção incluiu sessões semanais de exercícios físicos, encontros regulares de nutrição, psicologia e promoção da atividade física, além de avaliações sistemáticas das condições físicas, nutricionais e psicológicas.RESULTADOS: Desde sua implementação, o programa acompanhou 195 pacientes, com idade média de 42,5 anos e índice de massa corporal médio de 46,4 kg/m². A maioria era composta por mulheres (83%), residentes no estado de Pernambuco, principalmente em cidades do interior (72,3%). A adesão média foi de 63% às sessões de exercícios físicos, 70% às atividades nutricionais e 80% às sessões psicológicas. No entanto, a presença nas avaliações presenciais pós-intervenção foi baixa (5%), em grande parte devido a barreiras logísticas para o retorno dos participantes. Estima-se que o programa proporcione melhorias de 5% a 10% em parâmetros essenciais de saúde e qualidade de vida.CONCLUSÃO: O Movimento On, Obesidade Off configura-se como uma alternativa inovadora para o acompanhamento remoto e a pré-habilitação cirúrgica de pacientes com obesidade severa. O modelo metodológico adotado apresenta potencial para favorecer intervenções mais específicas e eficazes nessa população, embora enfrente desafios logísticos que precisam ser superados.

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