Mudanças na Atividade Física de Lazer, Locomoção e Tempo de Televisão Entre Homens e Mulheres Usuários do Sistema único de Saúde em Uma Cidade de Médio Porte: Seguimento de 18 Meses
Por Rafael Orbolato (Autor), Rômulo Araújo Fernandes (Autor), Bruna Camilo Turi (Autor), Monique Yndawe Castanho Araujo (Autor), Carolina Rodrigues Bortolatto (Autor), Kelly Akemi Kikuti Koyama (Autor), Luana Carolina de Morais, (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 1, 2018. Da página 1 a 9
Resumo
Dada a importância da atividade física para promoção da saúde, assim como para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o Sistema Único de Saúde (SUS) mudou a estratégia de atuação nas últimas décadas, procurando adotar atividades preventivas, buscando melhorar a qualidade de vida da população brasileira e diminuir gastos com tratamento de doenças. Objetivou-se investigar as mudanças na prática de atividade física e tempo de televisão em usuários do SUS durante um período de 18 meses e o impacto do sexo e tempo nessas variáveis. Foram avaliados 198 participantes (58 homens e 140 mulheres). Nível de atividade física foi mensurado através do questionário de Baecke. Homens apresentaram maiores escores em todas as variáveis de atividade física: caminhada (p-valor 0,013), ciclismo (p-valor = 0,001) e locomoção (p-valor = 0,007) do que mulheres, mas não para assistir à televisão (p-valor = 0,362). Após 18 meses, em toda a amostra, o escore de caminhada aumentou 25,9% (IC 95% = 10,6 - 41,1), mas não ciclismo (1,5% [IC 95% = -2,7 – 5,7]), locomoção (14,4% [IC 95% = -0,4 – 29,3]) e televisão (1,6% [IC 95% = -5,7 – 9,1]). Entre usuários do SUS, homens foram usualmente mais ativos que mulheres em comportamentos ativos, mas não ao assistir televisão. Porém, diferenças ao longo do tempo foram similares entre os sexos.