Mudanças Neuromusculares Após Treinamento Resistido com Peso em Populações com Idades Entre 50 a 80 Anos
Por Adriano Kessler Vieira (Autor), Luciano A. Silva (Autor), Marta de Salles Canfield (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O presente trabalho vem caracterizar a importância de um treinamento de força
muscular para a saúde com pessoas em idade avançada, destacando seus benefícios
que um programa de exercícios resistidos com pesos podem provocar no sistema
músculo-esquelético, contribuindo assim para uma melhoria motora nas suas
atividades diárias e na prevenção de perdas fisiológicas. O uso da musculação é uma
forma de minimizar os declínios de força e massa muscular relacionadas com a
idade, o que resulta em melhoria da qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi
verificar se ocorrem mudanças neuromusculares em pessoas com idades entre 50 e
80 anos, de ambos os sexos, em decorrência de um programa de musculação
desenvolvido durante um período de três meses, com 2 e 3 sessões semanais, realizado
junto à academia do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da UFSM. A
análise dos dados foi realizada nas seguistes distribuições: sujeitos que tiveram o
treinamento distribuído em três sessões semanais e sujeitos que tiveram o treinamento
em duas sessões semanais, sendo considerado a freqüência semanal, o sexo e a
idade dos sujeitos. Para a mensuração da força dos indivíduos, foram utilizados o
Teste de Força Máxima Dinâmica (1RM) para os membros superiores e inferiores,
o supino e Leg press, respectivamente. Através do treinamento de força após os três
meses, verificou-se que o sexo e a idade foram fatores determinantes para a delimitação
dos níveis de força. Podemos evidenciar, ao analisar todas as tabelas de ambos os
gêneros que em alguns grupos o ganho foi pequeno, quando comparados com os
grupos subseqüentes. Isso pode ser explicado pelo fato de que o sexo feminino
possui uma menor força, devido a menor massa muscular; e, pessoas com idade
avançada terem menor capacidade funcional em relação as mais jovens. Ainda,
devido à individualidade biológica, existe uma variação de ganho de força final
comparado com os resultados obtidos no pré-teste. Analisando as médias dos grupos
experimentais de nossa pesquisa considerando as medidas de pré e pós-teste,
observamos que todos alcançaram escores satisfatórios, mostrando-nos que a
elaboração e prescrição de um treinamento específico é fundamental para o
aprimoramento das capacidades físicas, possibilitando uma melhora na saúde e
qualidade de vida das pés.