Resumo

O futebol é uma das modalidades mais antigas do programa olímpico. Sua importância no cenário futebolístico sofreu mudanças ao longo da existência dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Sua ausência em apenas duas edições (1896 e 1932) revela que durante muito tempo o futebol teve nos Jogos Olímpicos a sua grande competição entre seleções.

Neste texto, tratarei do contexto político e algumas restrições pelas quais passou essa modalidade desde a sua primeira participação como modalidade exibição em 1900 até a última edição olímpica, em 1976, antes da criação da Copa do Mundo de Juniores (1977), atual Sub-20. O ano de 1976 funciona como um marco simbólico como forma de delimitar um período em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) travaram inúmeras disputas em torno do futebol tendo como objetivo estabelecer quem detinha o controle do futebol. Tal fato representa a ação da Fifa em enfraquecer o futebol olímpico para valorizar o seu principal produto, a Copa do Mundo de Futebol.

Portanto, o objetivo deste artigo é analisar como, ao longo da história olímpica, o futebol se tornou um ponto de conflito entre o COI e a Fifa. Tal embate se revela nos dias atuais por meio de restrições impostas pela Fifa ao futebol olímpico como sendo uma de suas ações para enfraquecê-lo. Em outras palavras, a Fifa gostaria que o futebol não estivesse no programa olímpico. Para o COI, a presença do futebol em sua competição é vista como uma excelente fonte de renda diante das médias de público obtidas nas recentes competições. Por trás dessa disputa está a busca pelo controle do futebol no mundo.

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