Resumo

Sabendo que a atividade física se mostra como uma ferramenta para a preservação das capacidades motoras e atividades da vida diária de mulheres com câncer, que veem sua identidade, seu eu, sua vida, seus sentidos e movimentos alterados, buscamos neste estudo verificar a aderência a prática da atividade física por mulheres acometidas pelo câncer. Foram entrevistadas 39 mulheres portadoras da doença com idade entre 21 e 79 anos. Verificou-se que 43,59% da amostra encontravam-se na faixa etária entre 61-79 anos; o câncer de mama foi o tipo de câncer que mais se destacou entre as mulheres; 59% exerciam a profissão de domésticas do lar; o nível de estresse relacionado ao trabalho foi classificado por elas como médio ou pouco estressante; a maior aderência à prática da atividade física está na faixa etária entre 20 – 30 anos e 41 – 50 anos; e o fator mais relevante para a não adesão à atividade física foi a “falta de tempo”. Observamos que, com a nova realidade pós-câncer, papéis antes desempenhados pela mulher, muitas vezes, ficam comprometidos, repercutindo em desestímulo nas suas atividades de vida diária (AVD`S) e, conseqüentemente na sua vida social. É importante ressaltar que, para que ocorra o sucesso de um programa de atividade física, é necessário que a prática seja incorporada ao repertório cultural da vida dessas pessoas.

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