Editora Mauad e FAPERJ. Brasil 2011. 128 páginas.

Sobre

O livro revela ao leitor fatos da história da sociedade brasileira por meio de vivências experimentadas pelo esporte feminino no Brasil que certamente despertará o interesse não só dos historiadores ou estudiosos da área, mas também dos apaixonados pelo esporte em geral e em especial pelo judô feminino. As autoras reúnem suas experiências e falam com propriedade sobre o assunto abordado nesta obra. A temática que trouxeram à tona nos faz refletir e entender de quais maneiras o esporte feminino e, mais especificamente, o judô se desenvolveram na sociedade brasileira. Com extrema maestria, foram reunidos relatos da história oral de ícones deste esporte no Brasil; essas histórias de vida transformaram a visão que a sociedade tinha a respeito da capacidade física das mulheres, assim como mudaram o rumo do esporte nacional. Percebemos os desdobramentos gerados pela proibição dos esportes ditos viris às mulheres no Brasil – descritos no segundo capítulo da obra –, o que provocou um atraso no judô feminino. Podemos notar a diferença entre os gêneros, desde o interesse dos técnicos até os investimentos realizados no esporte. As diferenças próprias do feminino e masculino, na luta, muitas vezes foram interpretadas como incapacidade da equipe feminina, desestimulando as atletas. Neste cenário, esta pesquisa se revela como uma importante contribuição para a compreensão do desenvolvimento do judô feminino no Brasil. As autoras descortinam alguns preconceitos construídos na cultura brasileira, entendendo que mulher e tatame representam experiências possíveis também no esporte de alto rendimento. Tornar visíveis estas histórias é uma oportunidade que as autoras nos dão de compartilhar as zonas de sombra que “viveram” e “ainda vivem” no esporte nacional.

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