Mulheres e Consumo Esportivo: Uma Revisão de Literatura
Por Ana Isabel Gonçalves (Autor), Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso (Autor), Jorge Eduardo Maciel Gonçalves da Silva (Autor), Cacilda Mendes dos Santos Amaral (Autor).
Em Revista Intercontinental de Gestão Desportiva v. 12, n 4, 2022.
Resumo
Pitts e Stotlar (2007) afirmam que o marketing esportivo é o processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa. Para Azevêdo (2009), o que era simplesmente uma crescente adesão de praticantes e torcedores de algumas modalidades – principalmente do futebol - tornou-se uma potência econômica atualmente. A necessidade de implementação de novas estratégias para atrair, satisfazer e conquistar a lealdade dos consumidores se tornou mais necessária com o grande desenvolvimento da Indústria Esportiva (Fagundes et al., 2012). Enquanto área de investigação acadêmica, a busca por marketing esportivo tem recebido mais atenção nas publicações nacionais e internacionais (Rocha & Bastos, 2011). Paralelamente ao crescimento da Indústria Esportiva e da necessidade de atender cada vez melhor os consumidores, nota-se que as mulheres têm tido impacto crescente na economia esportiva mundial (Harrison et al., 2016). Entretanto, ainda é verificado uma disparidade no acesso e nas experiências no esporte pelas mulheres (Cunningham, 2015) e isto se reflete nas investigações, pois grande parte das pesquisas a respeito do consumo do esporte não possuem uma análise do público feminino, como corrobora Delia (2014). Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar a produção acadêmica que tem como foco investigar o consumo esportivo por mulheres. Esta pesquisa se caracteriza como uma Revisão Sistemática segundo o conceito de Gomes & Caminha (2013). Inicialmente, foram encontrados 250 artigos e, atentando aos critérios estabelecidos, 7 artigos foram incluídos nessa revisão. Podemos concluir que a produção acadêmica que tenha como foco investigar o consumo esportivo por mulheres ainda é escasso, é recente, não há globalização da pesquisa e busca por núcleos femininos específicos. Destaca-se a importância de que as entidades devem valorizar o esporte feminino já que a representatividade leva ao maior consumo e, consequentemente, ao maior ganho financeiro. Entender diferentes contextos e populações permitirá a compreensão das condições relacionadas ao entendimento dos consumidores, aumentando assim a generalização.