Editora . Brasil 2017. 246 páginas.

Sobre

“O livro, originalmente escrito como uma dissertação de mestrado, está ancorado em uma minuciosa pesquisa empreendida em cinco periódicos de grande circulação. A dedicação e o cuidado na garimpagem destas fontes merece destaque porque revela informações pouco visibilizadas e porque faz ver que a proibição não impediu que as mulheres fizessem do futebol um lugar delas. Ao perscrutar esses jornais a autora reuniu dados que possibilitam novas pesquisas, olhares e análises. Mas o mérito da pesquisa não se resume à identificação e à seleção de reportagens que referem o

futebol de mulheres. O diálogo estabelecido com outras fontes no intuito de se aproximar do que aconteceu, de entender o contexto e de examinar rupturas e permanências confere ao texto várias positividades dentre elas o ineditismo da pesquisa e a sua densidade analítica.
A obra revela ainda o processo de constituição de uma pesquisadora visto que nele ecoam as várias etapas cumpridas no processo formação de uma aluna de pós-graduação: as discussões realizadas nas disciplinas cursadas, as atividades junto ao grupo de pesquisa que a acolheu, o diálogo com pesquisadores/as, as trocas efetivadas na apresentação do estudo em congressos, enfim, em todas as situações nas quais o tema mulheres e futebol esteve em pauta. Situações
peculiares que contribuíram para que Giovana Capucim e Silva se constituísse como a autora deste livro e por meio dele expressasse suas convicções políticas e suas intencionalidades pedagógicas.
Em tempos nos quais se reacendem perspectivas reacionárias e de pouca aceitação à diversidade, ler esse livro é fundamental para que possamos reunir argumentos capazes de minimizar a violência impetrada às mulheres que escapam àquilo que culturalmente é representado como esperado, desejado e aceito. Apropriar-se de seu conteúdo é tarefa necessária para quem deseja fomentar o reconhecimento e a valorização do lugar das mulheres na história do
futebol brasileiro porque é isso que a autora faz. E faz muito bem” – Silvana Vilodre Goellner.