Resumo

Este estudo pretende trabalhar com o legado histórico de mulheres que contribuíram com suas atitudes, comportamentos e pensamentos para alterações nas representações do feminino frente a questões da educação, do trabalho e da profissionalização na Educação Física Brasileira. Identificar e analisar os movimentos de conquista, rupturas e resistências do feminino na Educação Física de 1939 a 1949 é uma das finalidades desta investigação. Para tal busca-se captar através do discurso de seis mulheres das primeiras turmas de formação em Educação Física da Universidade do Brasil, o que representou a fase de inserção, formação e atuação profissional em termos de problemas, conquistas e resistências. Cabe ressaltar que o período em estudo apresenta fortes características de um regime patriarcal onde o papel social das mulheres estava vinculado sobretudo ao universo privado. De acordo com a descrição de Freyre (1961), as bases conceituais do regime se faziam presentes através do vestuário, dos costumes, da sexualidade e dos corpos com seus contornos e plasticidades que visavam demarcar uma ordem de gênero e hierarquia de classe social. Portanto as mulheres que ingressavam em curso superior, merecem destaque na construção da História da Educação e, no caso deste estudo, da Educação Física Brasileira, que tem o corpo como território polissêmico e como um veículo e múltiplas experiências.

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