Resumo

Considerando a cultura fanática do futebol um espaço de manifestação de um currículo de masculinidades no qual as mulheres são invisibilizadas ou deslegitimadas, aqui nos debruçamos nas experiências de uma rede de torcedoras ativistas que buscam resistir a esse cenário. Com isso, o objetivo deste artigo é descrever a forma pela qual essas mulheres (re)fazem gênero na cultura torcedora e disputam representações sobre autenticidade nas formas de torcer. Para tanto, entrevistamos 37 torcedoras de diversos clubes e estados do Brasil. Seus relatos foram categorizados, enfatizando duas temáticas: a forma segundo a qual essas mulheres constroem visibilidade para sua presença na cultura torcedora e, em segundo lugar, a forma como disputam os sentidos sobre ser torcedor(a) autêntico. Por fim, demonstramos que elas refazem gênero na cultura torcedora e oferecem a possibilidade de transformação de uma cultura sexista e discriminatória.

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