Resumo

Os sintomas ansiosos estão presentes, em algum momento, na vida dos indivíduos, podendo ser observados em situações de dificuldade, insegurança, preocupação, ou ainda medo. É uma indicação, dentro da normalidade, posto que funciona como um sistema de alerta do nosso corpo. Nada obstante, quando os sintomas ansiosos se prolongam e se intensificam, afetando a produtividade e a vida cotidiana, tornam-se uma doença. Nessa direção, a atividade física, ao lado da farmacoterapia e a psicoterapia, é considerada um dos mais efetivos métodos para reduzir a ansiedade. O presente artigo descreve e interpreta os vínculos causais existentes entre a musculação e o controle de ansiedade em adultos do sexo masculino e feminino, tendo como referência a análise de dois grupos, totalizando 40 participantes, divididos igualmente no grupo de praticantes, frequentadores de duas academias instaladas na cidade de Januária, Norte de Minas Gerais, e no grupo controle, isto é, não praticantes residentes nesta mesma cidade. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal, cujos desideratos informativos foram subsidiados pelo questionário “Inventário de Ansiedade de Beck (BAI)”, composto por 21 questões de múltipla escolha. Para associação das variáveis utilizou-se o teste não paramétrico Qui-Quadrado (p<0,05). Os resultados apontam, em linhas gerais, que o grupo de praticantes de musculação apresentou níveis menores de ansiedade quando comparados com os não praticantes. Em outra frente, nas análises específicas dos sexos masculino e feminino, as instâncias de correlações entre os benefícios da musculação e a ansiedade, se fizeram mais presentes entre os homens, ficando as mulheres com vínculos de correlações menos perceptíveis.

Referências

ARCOS, Javier et al. Aplicação da musculação em pessoas com ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Academia Saikoo–Penápolis SP. São Paulo, 2014. Disponível em: https://silo.tips/download/aplicaao-da-musculaao-em-pessoas-com-ansiedade-depressao-e-sindrome-do-panico. Acesso em: 28 nov. 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Transtornos de Ansiedade: Diagnóstico e Tratamento. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 24 de janeiro de 2008. Disponível em: https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/transtornos-de-ansiedade-diagnostico-e-tratamento.pdf. Acesso em: 21 nov. 2023.

CASTILLO, Ana et al. Transtorno de Ansiedade. Revista Brasileira Psiquiatria, São Paulo, vol. 22,p.1-2, dezembro de 2000.

CRUZ, Juliano et al. Benefícios da endorfina através da atividade física no combate a depressão e ansiedade. Revista Digital EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 18, n. 179, p.1, abril de 2013. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd179/beneficios-da-endorfina-atraves-da-atividade-fisica.htm. Acesso em: 21 nov. 2023.

CUNHA, Jurema Alcides et al. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

KENDLER, et al. The structure of the genetic and environmental risk factors for six major psychiatric disorders in women. Phobia, generalized anxiety disorder, panic disorder, bulimia, major depression, and alcoholism. Archives of general psychiatry, 52(5), 1995, p. 374–383. Disponível em: https://doi.org/10.1001/archpsyc.1995.03950170048007. Acesso em: 21 nov. 2023.

KESSLER, Ronald et al. Lifetime and 12-month prevalence of DSM-III-R psychiatric disorders in the United States. Results from the National Comorbidity Survey. Archives of general psychiatry, 51(1), 1994, p. 8–19. Disponível em: https://doi.org/10.1001/archpsyc.1994.03950010008002. Acesso em: 21 nov. 2023.

LIMA, Lucélia et al.[2021]. Transtorno de ansiedade. Guia de educação em saúde para enfermeiros. Fortaleza: Profept, 2021. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/646516?mode=full. Acesso em: 21 nov. 2023.

LUWISCH, Mariagrazia. Exercício Físico e Depressão. Consultório de psicologia, 2007. Disponível em: https://consultoriodepsicologia.blogs.sapo.pt/5751.html. Acesso em: 21 nov. 2023.

MCAULEY, Edward; RUDOLPH David. Physical activity, aging, and psychological well-being. Journal of Aging and Physical Activity, vol 3, n 1, p 67-96, 1995. Acesso em:https://journals.humankinetics.com/view/journals/japa/3/1/articlep67.xml?content=pdf. Acesso: 02 de dez. 2023.

MORAIS, Maria; SEGRI, Neuber. Prevalência de transtornos mentais comuns auto-referidos e sua relação com os serviços de saúde em municípios da Baixada Santista – SP. SUS: Mosaico de Inclusões, São Paulo, vol. 13, n. 2, 2011.

NACI, Huseyin; IOANNIDIS, John. Comparative effectiveness of exercise and drug interventions on mortality outcomes: metaepidemiological study. British journal of sports medicine, 49(21), 2013, p. 1.414–1.422. Disponível em; https://doi.org/10.1136/bjsports-2015-f5577rep. Acesso em: 21 nov. 2023.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; WORLD HEALTH ORGANIZATION. World mental health report: Transforming mental health for all, 2022. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240049338. Acesso em: 21 nov. 2023.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; WORLD HEALTH ORGANIZATION. The Burden of Mental Disorders in the Region of the Americas, 2018. Disponível em: https://iris.paho.org/handle/10665.2/49578. Acesso em: 21 nov. 2023.

ROSS, Jeremy. Combinações dos pontos de acupuntura: a chave para o êxito clínico. São Paulo: Roca, 2003.

SILVA, André Luiz Picollida. O tratamento da ansiedade por intermédio da acupuntura: um estudo de caso. Psicol. cienc. prof. V. 30, n. 1, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932010000100015. Acesso em: 21 nov. 2023.

SOUZA, Luíz et al. Prevalência de transtornos mentais comuns em adultos no contexto da Atenção Primária à Saúde. Revista de Enfermagem de Saúde Mental. 2017.Disponível em: Disponível em http://dx.doi.org/10.19131/rpesm.0193. Acesso em: 21 nov. 2023.

TAVARES, Gislaine et al. Drogas, Violência e Aspectos Emocionais em Apenados. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 25, n1, p. 89-95, janeiro,2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/gVC3kWkhWN3DyRk54dnz6PF/. Acesso em: 21 nov. 2023.

WERNECK, Francisco; FILHO, Maurício; RIBEIRO, Luiz. Mechanisms of mood improvement post-exercise: The endorphins hypothesis revisited. Revista Brasileira Ciência e Movimento, p. 135-144, 2005. Disponível em: http://www.cdof.com.br/ARTIGOS/DIVERSOS/Mecanismos%20de%20Melhoria%20do%20Humor%20ap%F3s%20o%20Exerc%EDcio%20Revisitando%20a%20Hip%F3tese%20das%20Endorfinas.pdf. Acesso em: 21 nov. 2023.

World Health Organization. World mental health report: Transforming mental health for all, 2022. Disponível em: https://reliefweb.int/report/world/world-mental-health-report-transforming-mental-health-all?gad_source=1&gclid=CjwKCAiAx_GqBhBQEiwAlDNAZsBsz2RtziHa8SdbrUo4fLNy3noMpWaC1jynxZlI74z8cS7xtfo4eRoCghUQAvD_BwE. Acesso em: 21 nov. 2023.

Acessar