Resumo

A história do nadar e da natação tem sido descrita muitas vezes, poréma literatura em língua portuguesa sobre o tópico apresenta lacunas relevantes e visões restritas. Em especial, a história do ensino dessas habilidades ao longo do tempo tem sido pouco contemplada. A presente revisão narrativa procura aprofundar essas análises com base na literatura nacional e internacional, revelando que o nadar ao longo dos milênios inicialmente era atividade de subsistência, sobrevivência e lazer e, em alguns casos, instrumento para alcançar prestígio social. Na Europa chegou a ser proibido e posteriormente teve restaurado seu reconhecimento, até ser altamente valorizado desde a popularização dos esportes a partir do século XIX. A aquisição das habilidades aquáticas inicialmente se deu de forma intuitiva, mas o ensino intencional do nadar é reportado desde a cultura egípcia. Os filantropos do séc. XVIII formalizaram o seu ensino, criando exercícios e métodos de ensino focados na execução correta da técnica. Essa visão tecnicista ainda hoje continua norteando muitos professores, apesar de que uma compreensão mais abrangente, de competência aquática, foi proposta já no início do século passado. Somente há poucos anos a concepção de competência aquática está sendo redescoberta no âmbito acadêmico, mas por enquanto teve pouca repercussão na beira da piscina

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