Resumo

A participação em competições faz parte dos diferentes programas esportivos destinados para crianças e adolescentes. A forma, os objetivos e a periodicidade das mesmas, assim como a faixa etária adequada para o início regular e mais competitivo são aspectos a serem considerados e estudados pela Ciência do Esporte.

Integra

NATAÇÃO COMPETITIVA PARA CRIANÇAS

DENISE MARTINS DE ARAÚJO

Academia Viva Água

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão

A participação em competições faz parte dos diferentes programas esportivos destinados para crianças e adolescentes. A forma, os objetivos e a periodicidade das mesmas, assim como a faixa etária adequada para o início regular e mais competitivo são aspectos a serem considerados e estudados pela Ciência do Esporte.

Na organização do esporte brasileiro, as federações esportivas desempenham um papel fundamental na forma de competição realizada nas categorias menores em níveis municipal e estadual.

As idades em que os jovens atletas começam a participar de competições de forma regular e/ou federada variam de acordo com a cultura esportiva de cada país, assim como o esporte considerado.

De modo genérico a faixa etária de 12-14 anos é a mais preconizada na literatura para que a criança comece a participar de um treinamento específico de determinada modalidade esportiva com finalidade competitiva.

Quando uma criança é introduzida na prática de uma única modalidade esportiva, seja em clubes ou centros esportivos, é inevitável a participação da mesma em competições, federadas ou não.

A especialização esportiva implica no treinamento específico de uma única modalidade esportiva, onde algumas crianças de melhor condição física e motora participam de competições regulares organizadas pelas federações esportivas; dependendo da modalidade pode existir um nível considerável de competitividade nas primeiras categorias.

Para a criança poder competir nas primeiras categorias da modalidade esportiva escolhida, essa precisa começar a prática do esporte específico, um ou dois anos antes de competir.

Tal fato indica a existência de uma relação entre especialização esportiva e a participação precoce em competições regulares, principalmente se a idade da primeira categoria acontecer antes dos 12 anos de idade

Em termos biológicos, para determinação de participação em competições regulares, a criança pode começar a competir quando atingir os aspectos biológicos do desenvolvimento, como crescimento e maturação biológica apropriados.

Quanto aos aspectos psicológicos a criança deve ser exposta gradativamente a experiências que exijam grandes responsabilidades ou pressões, devendo ser encorajada a participar dessas atividades exposta gradativamente a experiências que exijam grandes responsabilidades ou pressões, devendo ser encorajada a participar dessas atividades.

A competição faz parte de um processo de formação esportiva inicial, porém com adaptações compatíveis com o desenvolvimento bio-psico-social da criança.

O começo das atividades de competição depende:

  1. da especificidade de cada modalidade;
  2. do nível de qualificação esportiva das crianças e jovens;
  3. das idades cronológica, biológica e de treinamento.

Recomenda-se para a natação o início da atividade competitiva entre 6 e 8 anos; já para a maioria das outras modalidades entre 10 e 12 anos, com finalidades diferenciadas e menor número de competições em relação às faixas etárias superiores

Esse pensamento faz-nos refletir acerca da procura por pedagogias que possam transcender as metodologias já existentes, a fim de inserir, no processo de iniciação esportiva, métodos científicos pouco experimentados. Dessa forma, é de fundamental importância discutir a pedagogia da iniciação esportiva, com o respaldo teórico de estudiosos do assunto.

Para Bayer (1994) coexistem duas correntes pedagógicas de ensino - esse autor refere-se ao ensino de jogos desportivos coletivos:

- uma utiliza os métodos tradicionais ou didáticos, decompondo os elementos (fragmentação), na qual a memorização e a repetição permitem moldar a criança e o adolescente ao modelo adulto.

- a outra corrente destaca os métodos ativos, que levam em conta os interesses dos jovens e que, a partir de situações vivenciadas, iniciativa, imaginação e reflexão possam favorecer a aquisição de um saber adaptado às situações causadas pela imprevisibilidade.

Essa abordagem pedagógica, chamada de pedagogia das situações, deve promover aos indivíduos a cooperação com seus companheiros, a integração ao coletivo, opondo-se aos adversários, mostrando, ao aprendiz, as possibilidades de percepção das “situações de jogo”, interferindo na tomada de decisão, elaborando uma “solução mental”, buscando resolver os problemas que surgem com respostas motoras mais rápidas, principalmente nas interceptações e antecipações, frente às atividade dos adversários.

Já Gallahue e Osmum (1995) apregoam uma abordagem desenvolvimentista, que, ao ensinar as habilidades motoras (técnicas) para a faixa etária de 7- 10 anos, a aprendizagem deve ser totalmente aberta, ou seja, os conteúdos do ensino são aplicados pelo professor e praticados pelos alunos, sem interferência e correções dos gestos motores.

Para a faixa etária de 11- 12 anos, o ensino é parcialmente aberto, isto é, há breves correções na técnica dos movimentos.

Na faixa de 13- 14 anos, o ensino é parcialmente fechado, pois inicia-se o processo de especificidade dos gestos de cada modalidade na procura da especialização desportiva, e somente após os 14 anos de idade deve acontecer o ensino totalmente fechado, específico de cada modalidade coletiva, e também o aperfeiçoamento dos sistemas táticos que cada modalidade necessita.

Entendemos que, nessa forma de ensino-aprendizagem, a técnica (habilidade motora) estará sendo desenvolvida em situações que acontecem na maior parte do tempo na atividade esportiva. Isso nos faz crer que a assimilação por parte dos alunos/atletas seja beneficiada, e, posteriormente, a prática constante poderá predispor a especialização dos gestos motores que permanecerão para o resto da vida.

MÉTODO ‘VIVA ÁGUA’ DE ENSINO DA NATAÇÃO

A Escola de Natação Viva Água – hoje, Academia Viva Água – foi criada em 1983 pelos Educadores Osvaldo Telles e Denise Martins Araújo

Esse método de ensino concebe a aprendizagem na água e pela água, distinguindo-se dos demais pelo seu caráter evolutivo. Baseando-se em dados científicos, leva em conta o estado de adiantamento das ciências humanas e das ciências físicas e seu nível de assimilação pelos educadores.

Por ter feito da natação um objeto de estudo, evoca a especificidade da natação, demarcando-a com certas fronteiras; ultrapassando as aparências para evidenciar a sua estrutura e acompanhar sua evolução histórica.

A natação só será verdadeiramente uma atividade humana a serviço do homem quando a sua pedagogia se libertar da rotina e se comprometer ativamente com a atitude experimental, daí nossa missão institucional: “educar através do meio aquático”.

Nossa proposta vem sendo estudada há cerca de 22 anos e fundamenta-se no crescimento e desenvolvimento da criança. Para uma aprendizagem bem estruturada em natação, enfatizamos três pontos básicos na realização das atividades aquáticas:

  • Afeto e contato - fatores primários no desenvolvimento do organismo e da saúde. Eles levam à aquisição de maior segurança e confiança, promovendo uma situação favorável ao crescimento e desenvolvimento
  • Brincadeiras e jogos - responsáveis pelo desenvolvimento nos processos de criatividade e socialização
  • Estímulos aquáticos - um ambiente que permita à criança explorar e descobrir todas as potencialidades de movimento que as atividades aquáticas podem lhe oferecer e permita o aflorar do desenvolvimento natural

Para nós, da Viva Água, saber nadar é ter resolvido, no meio aquático, em cada eventualidade, qualitativa e quantitativamente o triplo problema, equilíbrio, respiração, e propulsão, componentes básicas inerentes ao ato de nadar,

  1. O equilíbrio – quando se entra na água a força de impulsão impede o apoio no fundo com a mesma estabilidade que em terra. As perturbações de equilíbrio provocadas por essa força e a natureza dos apoios necessários para as ações propulsivas, determinam que a deslocação tenha de ser efetuada em decúbito ventral ou dorsal, ou seja, segundo um equilíbrio horizontal. Este equilíbrio acarreta várias implicações, a primeira das quais e porventura mais significativa, diz respeito à necessidade de imergir a cabeça, o que direciona e limita a função respiratória (p. 22).
  2. A respiração – A respiração perde, assim, o seu caráter automático para ter um caráter voluntário. A expiração é feita na água, sendo necessário vencer a pressão desta. Contudo, inicialmente, não é a pressão que inibe o executante, mas sim a presença dos naturais reflexos de defesa. Uma vez controlados esses reflexos de defesa, e na presença de movimentos propulsivos, a respiração passa a ser condicionada por eles, pois não é possível respirar em qualquer momento. Mas será importante exigir o controle da respiração com a expiração na água? (...) De todos os ajustamentos necessários para garantir uma conveniente adaptação à água, a respiração é de todos o que assume maior importância. Pode-se nadar depressa, ou devagar, com boa ou má técnica, mas o ‘ã vontade’ que se revela na água está mais diretamente relacionado com o domínio do controle respiratório (p. 22-23).
  3. A propulsão – A propulsão assenta nas técnicas desportivas “livres”, “costas”, “peito”, e mariposa. Mas será importante a aprendizagem destas técnicas, mesmo para aqueles que não têm a pretensão de vir a entrar em competições? Poderemos afirmar que existe uma natação cujos objetivos justifiquem uma opção diferente?. Estas técnicas, prova-o a experiência, são a melhor base para desenvolver uma deslocação eficaz em economia de esforço, sendo, por outro lado, moldáveis e ajustáveis em vista o desempenho de tarefas específicas como o salvamento ou outras (p. 23).

Todavia, para se alcançar estes objetivos é necessário efetuar ajustamentos sucessivos que se realizam através e na presença das seguintes condições:

- freqüentar com assiduidade o meio aquático

- e PRATICAR NATAÇÃO, isto é, ter o gosto e a possibilidade, ou ainda a obrigação de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa periodicidade, tomando consciência das próprias limitações e capacidade de progresso, propondo-se um ou mais objetivos, e escolhendo a maneira de executá-los.

O resultado de uma pesquisa bibliográfica em que se verificaram como diferentes autores avaliam “saber nadar” constatou-se que o conceito não aparece explícito, mas parece estar implícito na proposta que cada autor faz para o final da primeira fase de formação, por alguns designados “aprendizagem”, como forma de distingui-la da fase de aprimoramento da condição física, técnica, tática e psicológica tendo em vista a competição. Encontraram-se dois grupos distintos:

  1. cumprir uma distância em determinada(s) técnica(s). Neste grupo alguns autores propõem diferentes distâncias e técnicas de acordo com a idade dos alunos.
  2. executar um conjunto de habilidades aquáticas sem discriminar qualquer distância.

No quadro abaixo – Grau de Adaptação ao Meio Aquático (GAMA) – agrupou-se as destrezas que caracterizam o ensino-aprendizagem da natação, no respeito pela hierarquia habitual das aquisições, “objectivando, desta forma, a sua avaliação em grupos de adaptação ao meio aquático (G.A M A)”:

GRAU DE ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO

GAMA CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO
0

-       não tem controlo sobre os reflexos de defesa;

-       não Domina o equilíbrio horizontal

INADAPTADO
I

-       expira na água com face mergulhada, revelando à vontade e controlando os reflexos de defesa;

-       Domina o equilíbrio ventral e dorsal com apoio do movimento de pernas;

-       Desloca-se sem controlo respiratório;

-       Salta da berma por mergulho

ADAPTAÇÃO NÃO SUFICIENTE
II

-       * nada 25 m em técnica ventral;

-       * nada 12m-15m em costas;

-       recupera um objecto do fundo, à uma profundidade superior à sua altura;

-       salta para a água de plataforma superior à sua altura (de pés);

-       efectua uma cambalhota recuperando a posição inicial

ADAPTAÇÃO   FÍSICA
III

-       * nada 100m crawl;

-       * nada 50m costas;

-       * nada 25m bruços;

-       nada 10m-12m em imersão;

-       salta para a água de plataforma superior à sua altura (de cabeça);

-       Domina o reboque elementar de um naufrágio

ADAPTAÇÃO

SUFICIENTE

IV

-       * nada 200m crawl;

-       * nada 100m costas;

-       *nada 50m bruços;

-       nada 100m “estilos”;

-       Domina as viragens

ADAPTAÇÃO

BOA

seqüência metodológica adaptada CANTARINO DE CARVALHO, 1994, p. 26

CANTARINO DE CARVALHO, 1994 denomina essa 1a fase de “ADAPTAÇÃO BÁSICA AO MEIO AQUÁTICO”, considerando-a concluída se os executantes adquirirem o GAMA II e pode ser alcançada em três etapas:

 

FASES DE FORMAÇÃO EM NATAÇÃO E SEUS OBJECTIVOS

  ADAPTAÇÃO BÁSICA FORMAÇÃO TÉCNICA APLICAÇÃO

ATÉ AOS

3 ANOS

-       Desinibição, controlo dos reflexos de defesa e aquisição de à vontade;

-       Formas propulsivas não padronizadas

   

DOS 4

AOS 6 ANOS

-       Aquisição dum novo equilíbrio;

-       Aquisição de uma nova respiração

-       Aquisição de uma deslocação conseqüente pela

Aprendizagem de “crawl” e costas

 

DOS 7

A0S 9 ANOS

-

-       Consolidação e desenvolvimento das aquisições anteriores;

-       Aprendizagem das técnicas regulamentadas pela F I N A

-       Vivências de situações de aplicação com

Caráter desportivo e utilitário

DOS 10

AOS 12 ANOS

- -

-       Adaptação das técnicas às características de cada situação;

-       Adaptação significativa do organismo ao esforço

-       Treino de Base

DOS

12 ANOS

EM DIANTE

- -

-       Treino de Alto Rendimento

-       Especialização na Técnica e na distância

CANTARINO DE CARVALHO, 1994, p. 67

A VIVA AGUA, por dois anos, manteve sob contrato um técnico cubano – Pedro Herrera – para formatação ao nosso trabalho de iniciação esportiva aos nossos alunos. Pedro deixou-nos vários trabalhos escritos sobre a iniciação de natação competitiva para crianças.

O que percebemos, foi que havia muita semelhança entre os métodos de trabalho desenvolvidos em Cuba e aquele que vínhamos desenvolvendo na Viva Água. No quadro abaixo, apresentamos as etapas de desenvolvimento de natação e sua relação com o sistema cubano de educação:

 

Quadro 1. ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA NATAÇÃO

                 E SUA RELAÇÃO COM O SISTEMA CUBANO DE EDUCAÇÃO

 

ETAPA DE ALTO

RENDIMENTO

 

EQUIPE

NACIONAL

 

PRÉ-UNIVERSITÁRIO

e UNIVERSITÁRIO

 

9o. ANO   FORM.

IDADE: 15 ANOS

   
 

8o. ANO   FORM.

IDADE: 14 ANOS

   

ETAPA DE

APERFEIÇOAMENTO

 

7o. ANO   FORM.

IDADE: 13 ANOS

 

GRAUS 6o., 7o.,

8o., 9o. e 10o.

 

6o. ANO   FORM.

IDADE: 12 ANOS

   
 

5o. ANO   FORM.

IDADE: 11 ANOS

   
 

4o. ANO   FORM.

IDADE: 10 ANOS

   

ETAPA DE

PRINCIPIANTES

 

3o. ANO   FORM.

IDADE: 9 ANOS

 

GRAUS 2o., 3o.,

4o. e 5o.

 

2o. ANO   FORM.

IDADE: 8 ANOS

   
 

1o. ANO   FORM.

IDADE: 7 ANOS

   
           

(adaptado da Comissão Nacional de Natação, 1989/90)

 

A formação de um nadador de alto rendimento requer vários anos de dedicação a essa atividade. É um processo que se inicia aos 7 anos e conclui-se ao redor dos 20, período em que o atleta deve adquirir uma grande capacidade técnica e o desenvolvimento de suas qualidades físicas, intelectuais e morais, de acordo com a exigência que implica o treinamento moderno e a sociedade socialista que se constrói em Cuba.

Na atualidade, e de acordo com dados estatísticos, os melhores resultados de nível mundial na Natação se atingem entre os 14 e 22 anos. Estas são as denominadas idades de alto rendimento.

No gênero feminino, as idades de alto rendimento situam-se entre os 13 e 18 anos, enquanto que no masculino se produz pouco mais tarde, entre os 17 e 22 anos.

A explicação científica dessa diferença entre as idades de alto rendimento de ambos os sexos se fundamenta em que, a etapa de puberdade nas meninas começa mais cedo, embora a idade cronológica seja a mesma; biologicamente as meninas são maiores que os meninos e isso permite submetê-las a cargas superiores de treinamento, dado que seu organismo funcionalmente está mais apto. Há outras razões de caráter psicológico que também influem na mesma direção.

Ao se considerar essas possibilidades da particularidade biológica e psíquica de ambos os sexos, fica evidente que os programas de treinamento devem organizar-se tendo em conta estes fenômenos. Por tais razões, o Sistema de treinamento que se apresenta a seguir é diferente para mulheres e homens a partir dos 9 anos, idade em que já se manifestam as primeiras assimilitudes no desenvolvimento psíquico e biológico de ambos.

 

Quadro 2.
SISTEMA DE TREINAMENTO – HOMENS
ETAPAS PRINCIPIANTES APERFEIÇOAMENTO ALTO RENDIMENTO
ANOS DE FORMAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
GRAUS 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
IDADES 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
SES/SEM./TREIN. 3 4 6 8 10 11 11 11 11 12 12 12 12
ÁGUA 60 90 90 90 90 90 90 90 90 120 120 120 120
TERRA se divide por anos de treinamento
                                 

(adaptado da Comissão Nacional de Natação, 1989/90)

Quadro 3 . SISTEMA DE TREINAMENTO – MULHERES
ETAPAS PRINCIPIANTES APERFEIÇOAMENTO ALTO RENDIMENTO  
ANOS DE FORMAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12  
GRAUS 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 UN.  
IDADES 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18  
SE/SEM./TREIN. 3 4 8 10 11 11 12 12 12 12 12 12  
ÁGUA 60 90 90 100 100 100 100 120 120 120 120 120  
TERRA se divide por anos de Treinamento  
                               

(adaptado da Comissão Nacional de Natação, 1989/90)

O conteúdo para meninas e meninos na idade de 7 e 8 anos é comum. Neste período os grupos podem ser mistos, integrados por 20 crianças na formação básica e durante o primeiro ano de treinamento.

Nas idades de 9 e 10 anos os grupos se constituirão de acordo com o sexo, pois os conteúdos serão diferentes.

No segundo ano de treinamento podem ter-se ter até 15 crianças matriculadas por grupo e no terceiro ano não mais que 12 por grupo-classe.

Os objetivos do trabalho técnico e educativo dos treinadores estará voltado para o seguinte:

  • ensino e aperfeiçoamento das quatro técnicas de nado, viradas e as saídas
  • desenvolvimento sistemático da resistência
  • desenvolvimento sistemático da flexibilidade
  • desenvolvimento multilateral do trabalho coordenativo, tanto em terra como na água, através de jogos pré-desportivos e outros meios
  • apoiar o trabalho de formação integral dos alunos dirigidos pela escola
  • preparar os atletas para que cumpram as normas de ingresso à EIDE, assim como atingir sua disposição psíquica para enfrentar as cargas volumosas de treinamento que requer a etapa de aperfeiçoamento

Na Viva Água, trabalhamos com os seguintes níveis de aprendizagem:

           NÍVEIS DE APRENDIZAGEM E SEUS OBJETIVOS

NÍVEL ADAPTAÇÃO BÁSICA FORMAÇÃO TÉCNICA APLICAÇÃO
INICIANTE

-       Adquirir segurança e confiança no meio aquático

-       Executar a submersão, saltos e deslocamentos, com controle visual, fazendo uso de materiais

-       Apresentar bem estar e satisfação no desenvolvimento das atividades

   
ADAPTADO

-       Demonstrar independência no meio aquático, distinguindo as fases da respiração

-       Executar flutuação

-       Executar deslocamentos, saltos, giros e rolamentos

-       Apresentar bem estar e satisfação no desenvolvimento das atividades

 

AVANÇADO

I

-       Executar deslocamentos em posições e direções diversificadas

-       Desenvolver o equilíbrio

-       Executar flutuação com mudanças de decúbito

-       Executar cambalhotas e saltos na horizontal

-       Apresentar bem estar e satisfação no desenvolvimento das atividades

-       Consolidação e desenvolvimento das aquisições anteriores

-       Aprendizagem de “crawl” rústico e pernadas de costas

II

-       Adquirir habilidades de equilíbrio, flutuação e deslocamentos, em diferentes situações

-       Apresentar bem estar e satisfação no desenvolvimento das atividades

-       Nadar o estilo crawl com respiração bilateral

-       Executar a pernada de costas com braços no prolongamento do corpo

 
III

-       Deslocar-se em diferentes situações, com e sem vestimentas, realizando saltos na posição aerodinâmica com hiperextensão do corpo

-       Executar as pernadas dos quatro estilos

-       Consolidação e desenvolvimento das aquisições anteriores;

-       Nadar crawl e costas, com saídas e viradas

-       Vivências de situações de aplicação com

Caráter desportivo e utilitário

IV  

-       Nadar os quatro estilos, com saídas e viradas

-       Conhecer e identificar as regras oficiais da natação

-       Conhecer e aplicar as técnicas de salvamento

-       Adaptação das técnicas às características de cada situação

-       Adaptação significativa do organismo ao esforço

-       Treino de Base

V  

-       Conhecer e identificar as regras oficiais da natação

-       Conhecer e aplicar as técnicas de salvamento

-       Treino de Alto Rendimento

-       Especialização na Técnica e na distância