Resumo

A natação no Brasil foi impactada diretamente pela COVID-19, entre as razões, o fechamento dos espaços para a prática, principalmente em função do medo de contágio. No entanto, a modalidade parece estar renascendo no país e estudos que se concentrem em aprofundar na temática podem contribuir para o crescimento da modalidade. Especificamente no estudo de Urizzi et al, (2019) que envolveu mais de 147 mil crianças observou-se que no período pré pandemia o engajamento com as aulas de natação, pareciam progredir em número de participantes nas distintas fases do nadar até os 7 anos aproximadamente, onde observou-se uma drástica redução do volume de participantes. Porém três anos depois, faz-se necessário analisar o impacto da onda COVID-19 na natação infantil. OBJETIVO: Mapear a magnitude da adesão e evasão de crianças com a natação nas diferentes fases da habilidade do nadar. METODOLOGIA: Participaram do estudo 381 instituições de ensino da natação na infância, entre elas academias, escolas e clubes, que envolveram 168.120 crianças de 25 estados do país. Os dados foram captados através de um sistema de gestão aquática e acessados através do banco de dados digitais SQL server. Para identificação do envolvimento, as crianças foram analisadas em categorias de habilidades do nadar, definidas em 8 níveis, sendo eles: bebês 1,2 e 3 (respectivamente 0 a 12; 13 a 24; 25 a 36 meses); adaptação (3 a 4anos); iniciação (5 a 6anos); aperfeiçoamento 1 (7 a 9anos) e 2 (10 a 12anos). ESTATÍSTICA: Para a medida de cálculo amostral utilizou-se dados de 7.000 academias, escolas e clubes registrados, assumindo-se um intervalo de confiança de 95% que indicou a necessidade de análise de 365 instituições. Os dados coletados são apresentados na forma de frequência absoluta e relativa para as diferentes fases do nadar. O teste binomial permitiu a comparação entre os níveis.