Resumo

Esta dissertação tem como objetivo confirmar se a natação é realmente um desporto praticado pela burguesia brasileira e suas possíveis discriminações quanto á prática pela população mais carente. Justifica-se pela relev6ancia do tema, uma vez que ele ainda não foi muito explorado, como mostra a revisão de literatura (ASSOCIATION OF SWIMMING THERAPY, 1986; BREMS, 1986; BRESGES, 1980; BURKHARDT, ESCOBAR, 1985; COUNSILMAN , 1974 a; DAMASCENO, 1992c; DEPELSENEER, 1989; FARIAS,1988; FEDERAZIONE ITALIANA NUOTO, 1976; FOSSAS, 1970; GABRIELSEN, SPEARS, GABRIELSEN, 1969; GUINOVART, 1972; HIGGINS, BARR, GRADY, 1962; HOFFMANN, 1970; JARVIS, 1966; JOHNSON, 1972; KIPHUTH, BURKE, 1950; KLEMM, 1982; LENK, 1982c; LEWIN, 1983; LUPPO, 1971; MACHADO, 1976 a; MENAUD, ZINS, 1973; ROSSI, 1966; STICHERT, 1978; TRIBAULT, 1968), podendo assim contribuir para um aumento do referencial teórico da área. A metodologia utilizada foi a pesquisa sociológica, feita através de uma retrospectiva histórica da natação, com a revisão de livros, periódicos e jornais, além de uma entrevista (semi-estruturada) com nadadores, ex-nadadores e técnicos caracterizando os focos de apropriação burguesa. Para isso, discuti os conceitos de classes sociais, cultura e desporto burguês à luz da Teoria Crítica (GIBSON, 1986). E na conclusão do estudo relacionei as entrevistas a minha interpretação quanto ao aburguesamento de natação respalda pela Teoria Crítica, tendo como resultados: no nível I (pessoal e interpessoal) a discriminação econômica e cultural que existe; no nível II (institucional) a federação, dirigentes e atletas demonstraram seus interesses através da indústria cultural e das classes sociais; no nível III (estrutural) o capitalismo tem como princípio a manutenção da ideologia burguesa em relação aos desportos, principalmente na natação.

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