Resumo

Este artigo tem por objetivo afirmar a importância dos estudos de memória para compreensão dos processos sócio-históricos contemporâneos, a partir da inserção, da permanência e da ampliação da participação de negros no percurso do subcampo esportivo do handebol, no ginásio desportivo Ronald da Silva de Carvalho (corpus empírico) da antiga Escola Técnica Federal do Maranhão (ETFMA), entre 1970 e 1980. O estudo foi realizado por meio de entrevistas com dois professores, José Maranhão Penha e José Henrique Azevedo e com dois atletas, José Francisco Vieira e Alexandre Magno Muniz, uma vez que vivenciaram o fenômeno esportivo no referido período. A base teórico-metodológica foi fundamentada nos estudos da Memória Habitus e da História Oral. Observa-se que através das memórias, boa parte das escolas de São Luís–MA possuía equipes de handebol participantes dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), assim como campeonatos estaduais de clubes e nacionais de seleções. Os JEMs foram hegemônicos como evento esportivo no ginásio desportivo Ronald Carvalho; outros eventos incorporados na memória dos entrevistados foram o Campeonato Brasileiro Juvenil de 1979; o Zonal Norte de Handebol e os Jogos das Escolas Técnicas Federais. Algumas das escolas jogavam por clubes esportivos, assim não havia distinção do handebol escolar.

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