Negritude Futebol Clube: Pretos, Brancos e Cinzas
Por Aira Fernandes Bonfim (Autor).
Em Mosaico v. 9, n 14, 2018. Da página 161 a 176
Resumo
A partir da história da equipe de futebol amador Negritude Futebol Clube, time que teve origem na passagem da década de 1970 para 1980 na região de Arthur Alvim em São Paulo, o trabalho observará nessa prática esportiva um potente caso de associativismo comunitário emergente no final dos anos 1970, que inclui os discursos e práticas do movimento negro daquele período, até reflexões atuais. Através de um conjunto complexo de relações sociais, essa experiência de futebol se mostrará responsável pela geração de pertencimento e de senso de comunidade, contrariando a ideia de que esse esporte é, contudo, uma prática alienante.
Referências
BRINGEL, Breno. “Com, contra e para além de Charles Tilly: mudanças teóricas no estudo das ações coletivas e dos movimentos sociais”. Revista Sociologia &. Antropologia (UFRJ), v.2, n.3. 2012.
BONFIM, Aira. Relato de campo Negritude Futebol Clube. São Paulo: Centro de Referência do Futebol Brasileiro do Museu do Futebol, 2012. 8 p. Disponível: . Acesso em 02 dez. 2017.
BONFIM, Aira. Relato de campo 13ª Copa Negritude de Futebol Amador. São Paulo: Centro de Referência do Futebol Brasileiro do Museu do Futebol, 2011. 6 p. Disponível: . Acesso em 02 dez. 2017.
BONFIM, Aira. Relato de campo 13ª Copa Negritude de Futebol Amador. São Paulo: Centro de Referência do Futebol Brasileiro do Museu do Futebol, 2011. 4 p. Disponível: . Acesso em 02 dez. 2017.
CASTILHO, Edmilson Peres. A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP): o principal agente da política de habitação popular da ditadura militar brasileira (1964-1985). XXVII Simpósio Nacional de História: Lugares dos Historiadores Velhos e Novos Desafios. 2005. Florianópolis, SC.
COSTA, Antônio da Silva. Do futebol a uma nova imagem do homem e da sociedade. In LOVISARO, Martha e NEVES, Lecy Consuelo Neves (organizadores). Futebol e sociedade um olhar transdisciplinar – Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2005.
DECCACCHE-MAIA, Eline. Esporte e políticas públicas na virada do milênio: o caso de Niterói. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2003.
DOIMO, A. M. A vez e a voz do popular: movimentos sociais e participação
política no Brasil pós-70. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2000.
FREYRE, G. Casa Grande e Senzala. S. Paulo, R. Janeiro, Record, 36a. ed. (1999, orig. 1933).
________. “Que Negritude?” Diário de Pernambuco. Caderno Opinião, 6 de junho. 1980.
GOMES, Nilma Lino. Corpo e cabelo como símbolos da identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2006a.
MOSCOVICI, Serge. Representações Sociais. Investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes. 2012.
PEREIRA, Amílcar Araújo. O mundo negro. Relações Raciais e a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro, Pallas/Faperj, 2013.
RIAL, Carmem. S. “Jogadores brasileiros na Espanha: estrangeiros, porém...” Antropologia em Primeira Mão. N.87, p.1-42, 2006.
SILVA, Roberta Pereira da. Campo de terra, Campo da Vida: Interfaces das expressões cotidianas, as alternativas de resistência popular e o Negritude Futebol Clube. 2017. 1 v. Dissertação (Mestrado) − Curso de Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.
WOOD, Charles. “Categorias Censitárias e Classificações Subjetivas de Raça no Brasil”, in Peggy Lovell (org.), Desigualdade Racial no Brasil Contemporâneo. Belo Horizonte, Cedeplar, p. 93-111. 1991.