Editora SESI. Brasil 2020. 290 páginas.

Sobre

O cérebro não nasce pronto. Precisamos de interação social para aprender e prosperar. Temos 86 bilhões1 de neurônios à nossa disposição, mas é a qualidade das nossas experiências e aprendizagens que impacta tanto a arquitetura quanto o funcionamento cerebral ao longo do desenvolvimento. O problema é que não nascemos com um manual de como usar o cérebro, um guia de como se aprende e de como podemos alavancar os nossos processos de aprendizagem. Estudantes, pais, professores e gestores não contam com uma bússola que indique os melhores caminhos na busca de uma aprendizagem plena e significativa. Nessa perspectiva, um dos principais desafios da Neurociência Educacional é traduzir as descobertas desse campo em princípios e orientações práticas que possam nortear o trabalho diário dos professores e embasar políticas públicas.

As pesquisas no campo da Neurociência moderna começaram no final do século XIX, mas foram as três últimas décadas que testemunharam o surgimento de novas e poderosas técnicas de neuroimagem para análise do cérebro e uma notável aceleração da pesquisa para elucidação das redes neurais da aprendizagem. Mais recentemente, novas tecnologias de neuroimagem tornaram possível medir a atividade cerebral de uma pessoa em movimento. Esse avanço possibilitou aos cientistas examinarem o cérebro humano em tempo real e obterem informações sobre o funcionamento cerebral dos estudantes à medida que o comportamento acontece. No campo da Educação, isso significa que as pesquisas agora não mais se limitam aos laboratórios e podem ser realizadas em salas de aula, com estudantes reais interagindo e vivenciando situações autênticas de aprendizagem. 

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