Níveis Força e Classificação de Incapacidade de Indivíduos Ativos e Sedentários Diagnosticados com Esclerose Múltipla
Por Claudio Scorcine (Autor), Yara Fragoso (Autor), Sonia Castedo (Autor), Fabrício Madureira (Autor), Vinicius Martins (Autor), Caio Ribeiro (Autor), Emilson Colantonio (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A esclerose múltipla é uma doença autoimune do sistema nervoso central que leva à degeneração de axônios e de neurônios inteiros, afetando assim a transmissão de impulsos nervos. Além da incapacidade neurológica, as pesquisas demonstram que os níveis de fadiga são muito relevantes e até mesmo associados aos índices de incapacidade de pessoas com esclerose múltipla. Em contrapartida, pesquisas recentes mostraram que a atividade física promove melhora nos índices de fadiga e pode assim consequentemente melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: Investigar os níveis de força, fadiga e incapacidade de pacientes com esclerose múltipla ativos e sedentários. Metodologia: Após o parecer favorável do comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e assinatura TCLE, foram selecionados 19 pacientes com esclerose múltipla diagnosticados por mais de três anos. Deste grupo dez eram sedentários e nove eram praticantes de atividade física sistemática. Foram realizados os seguintes testes: para identificar os níveis de força foi utilizado um dinamômetro modelo Jamar, sendo que cada voluntario realizou o teste de prensão manual três vezes com a mão direita e três com a esquerda; para análise da frequência cardíaca de repouso foi utilizado um polar modelo RS800 onde o voluntario permaneceu durante 10 minutos deitados em decúbito dorsal; para a classificação do nível de incapacidade foi utilizado a escala de EDSS, para o número de surtos foram contabilizados o número das incidências desde a descoberta da doença e para a fadiga foi utilizado o questionário CEAFIR. Analise estatística: Após a não confirmação da normalidade dos dados optou-se por utilizar o teste de Mann Whitney U para a comparação dos dois grupos. Resultados: Ver tabela 1. Conclusão: O grupo que praticava atividade física apresentou maiores níveis de força em relação aos não praticantes. Estes resultados podem auxiliar no manejo destes pacientes, orientando a importância do treinamento para que possam manter bons níveis de força. A limitação do reduzido número de participantes neste projeto piloto pode ser motivo da ausência de diferenças significativas entre os níveis de incapacidade e fadiga nos pacientes.