Resumo

Introdução: A esclerose múltipla é uma doença autoimune do sistema nervoso central que leva à degeneração de axônios e de neurônios inteiros, afetando assim a transmissão de impulsos nervos. Além da incapacidade neurológica, as pesquisas demonstram que os níveis de fadiga são muito relevantes e até mesmo associados aos índices de incapacidade de pessoas com esclerose múltipla. Em contrapartida, pesquisas recentes mostraram que a atividade física promove melhora nos índices de fadiga e pode assim consequentemente melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: Investigar os níveis de força, fadiga e incapacidade de pacientes com esclerose múltipla ativos e sedentários. Metodologia: Após o parecer favorável do comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e assinatura TCLE, foram selecionados 19 pacientes com esclerose múltipla diagnosticados por mais de três anos. Deste grupo dez eram sedentários e nove eram praticantes de atividade física sistemática. Foram realizados os seguintes testes: para identificar os níveis de força foi utilizado um dinamômetro modelo Jamar, sendo que cada voluntario realizou o teste de prensão manual três vezes com a mão direita e três com a esquerda; para análise da frequência cardíaca de repouso foi utilizado um polar modelo RS800 onde o voluntario permaneceu durante 10 minutos deitados em decúbito dorsal; para a classificação do nível de incapacidade foi utilizado a escala de EDSS, para o número de surtos foram contabilizados o número das incidências desde a descoberta da doença e para a fadiga foi utilizado o questionário CEAFIR. Analise estatística: Após a não confirmação da normalidade dos dados optou-se por utilizar o teste de Mann Whitney U para a comparação dos dois grupos. Resultados: Ver tabela 1. Conclusão: O grupo que praticava atividade física apresentou maiores níveis de força em relação aos não praticantes. Estes resultados podem auxiliar no manejo destes pacientes, orientando a importância do treinamento para que possam manter bons níveis de força. A limitação do reduzido número de participantes neste projeto piloto pode ser motivo da ausência de diferenças significativas entre os níveis de incapacidade e fadiga nos pacientes.

Acessar Arquivo