Nível da Atividade Física de Alunos da Educação Física Curricular da Ufsc
Por Rosane Carla Rosendo da Silva (Autor), Francimara Budal Arins (Autor), Édio Luiz Petroski (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Justificativa: A prática de atividade física (AF) está relacionada com a promoção da
saúde, portanto investigar dados a esse respeito pode ajudar na prevenção de doenças
crônicas. Objetivos: identificar o nível de AF de universitários participantes das
disciplinas de Educação Física Curricular (EFC) da UFSC. Metodologia: Foram
avaliados 263 indivíduos no total, sendo incluídos que para esta análise 100
participantes (47% homens) com idade média de 22,6±5,2 anos, que possuíam
dados antropométricos (massa corporal, estatura e índice de massa corporal - IMC)
e de AF completos. O nível de AF foi avaliado através do questionário IPAQ curto,
instrumento que investiga AF nas modalidades de caminhada, atividade moderada
e rigorosa, possibilitando a estimativa de gasto energético (METS.min.sem-1) e a
categorização em baixo, moderado e altos nível de AF (Comitê do IPAQ, 2005). Na
análise estatística foram utilizadas as técnicas descritivas, a análise de variância
(ANOVA) e o teste de Qui-quadrado para comparação por sexo. O nível de
significância foi estabelecido em 0,05. Foram utilizados os programas Microsoft
Excel e SPSS 8.0 para as análises. Resultados: Os valores médios de IMC foram
respectivamente 23±2,4 e 21,4±3,1 kg.m-2 para homens e mulheres (p<0,05). Para
a caminhada, os valores médios para toda a amostra foram 713±585 METS.min.sem-
1, para atividade vigorosa 1072±1222 METS.min.sem-1 e 2641±1764
METS.min.sem-1 para o total das atividades, uma vez que não houve diferença
significativa entre os sexos (p>0,05). Entretanto, para atividade moderada os valores
médios foram de 1029±1066 METS.min.sem-1 para mulheres e 659±430
METS.min.sem-1 para homens (p<0,05). Na categorização da AF, a maioria dos
participantes foi classificada como moderadamente ativa (homens=97,9% e
mulheres=94,3%). Conclusões: Dessa forma, observou-se que as mulheres se
mostraram mais ativas somente na categoria atividade moderada, enquanto que no
total de atividades não houve diferença. Esses achados contrastam com os resultados
da literatura, onde os homens são mais ativos. A maioria da amostra foi classificada
como moderadamente ativa, levando-nos a concluir que a EFC contribuiu para que
seus participantes atinjam os índices de AF regular considerados mínimos para a
promoção da saúde.