Nível de Atividade Física, Qualidade de Vida e Rede de Relações Sociais de Amputados
Por Jorge Rollemberg Santos (Autor), Marlizete Maldonado Vargas (Autor), Cláudia Moura de Melo (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 22, n 3, 2014. Da página 20 a 26
Resumo
A amputação vem associada a inúmeras sequelas que confrontam o indivíduo com uma irreparável perda, afetando a vida como um todo e exigindo uma série de adaptações a restrições. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de atividade física, qualidade de vida e rede de relações sociais de indivíduos amputados de membros de ambos os gêneros. Participaram deste estudo 43 indivíduos da Associação de Deficientes Motores de Sergipe, de ambos os sexos, sendo avaliados: variáveis sociodemográficas; a qualidade de vida; capacidade funcional; nível de atividade; rede de relações sociais. Os resultados demonstraram índices aceitáveis e outros preocupantes nas avaliações desenvolvidas. Em relação à qualidade de vida, foi identificada com maior prevalência no aspecto ruim. O apoio das redes de relações sociais destaca a importância do relacionamento familiar e das amizades na melhor aceitação da deficiência. Através da análise da capacidade funcional, pode-se identificar que os sujeitos participantes se enquadraram dentro dos preceitos que os caracterizariam como totalmente independentes. O nível de atividade física apresentou resultados satisfatórios, pois cerca de 50% mostraram resultados como pessoas ativas. Os dados obtidos nesse estudo enaltecem a necessidade de discussão para maiores incentivos em todos os campos que associam o bem estar do ser humano, principalmente quando este se apresenta em condições diferenciadas que afetam a qualidade de vida, a exemplo dos indivíduos com amputações de membros, apesar de não haver associação negativa com as outras variáveis analisadas.