Nível Competitivo, Tipo de Recuperação e Remoção do Lactato Após Uma Luta de Judô
Por Emerson Franchini (Autor), Monica Yuri Takito (Autor), Rômulo Cássio de Moraes Bertuzzi (Autor), Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 6, n 1, 2004. Da página 7 a 16
Resumo
O objetivo desse estudo foi verificar a influência do nível competitivo na remoção do lactato sangüíneo [La] durante a recuperação ativa (RA) e a recuperação passiva (RP) após uma luta de judô. Vinte e cinco judocas adultos do sexo masculino (10 atletas de elite – medalhistas em competições nacionais ou internacionais e 15 atletas não elite – não medalhistas nessas competições) foram submetidos, em dias diferentes, a uma luta de judô de 5min, seguida por 15min de RP ou RA (70% da velocidade de LAn, ≅ 50% VO2pico), determinadas aleatoriamente. A [La] foi medida antes, 1, 3, 5, 10 e 15min após cada luta. O VO2pico e a velocidade de limiar anaeróbio (VLAn) foram medidos em esteira rolante. A comparação foi feita através de uma ANOVA a três fatores (grupo, tipo de recuperação e tempo) com medidas repetidas, seguida por teste de Tukey. Houve efeito dos três fatores sobre a [La] e interação tempo-nível competitivo e tempo-tipo de recuperação. A [La] após a luta era menor no grupo elite comparado ao não elite, durante a RA comparada à RP e, como esperado, diminuía com o passar do tempo. As diferenças entre os grupos diminuíam durante o período. O oposto ocorria entre a RA e a RP. A diferença entre os grupos não pôde ser atribuída à potência e à capacidade aeróbias. Uma possível explicação para essa diferença pode ser uma menor ativação glicolítica em decorrência de nível técnico mais elevado no grupo elite comparado ao não elite.