Nível de Aptidão Cardiorrespiratória Influencia a Identificação do Limiar Ventilatório
Por Luciana Carletti (Autor), Ricardo Augusto Barbieri (Autor), Richard Diego Leite (Autor), Sabrina Pereira Alves (Autor), Victor Hugo Gasparini Neto (Autor), Letícia Nascimento Santos Neves (Autor).
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a influência do nível de aptidão cardiorrespiratória (ACR) entre os métodos Equivalente Ventilatório (VEq) e V-slope para determinação do Limiar Ventilatório 1 (LV1). 22 homens corredores (32,9 ± 9,4 anos) foram divididos em dois grupos: G1 - grupo com menor aptidão cardiorrespiratória (ACR:VO2máx 40 a 51 ml·kg-1·min-1) e G2 - maior ACR (VO2máx 56,4 a 72 ml·kg-1·min-1), divididos pelo percentil 50. Foi aplicado um teste incremental cardiopulmonar para identificar o LV1 através dos métodos VEq e V-slope, comparando as seguintes variáveis: Frequência Cardíaca (FC), Consumo de Oxigênio (VO2) e velocidade. Para comparações entre FC, VO2 e velocidade (grupos vs. métodos) empregou-se ANOVA de duas vias. O tamanho do efeito foi calculado utilizando d’Cohen. Para verificar a confiabilidade e a concordância, foram aplicados o coeficiente de correlação intraclasse, coeficiente de variação, erro típico e Bland Altman. Não foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05) entre métodos para G1 (VO2, FC e velocidade) e Bland Altman revelou boa concordância (diferença média: VO2 0,35ml·kg-1·min-1; FC 2,58bpm; velocidade 0,33km·h-1). Contudo, G2 apresentou diferenças estatísticas entre métodos (VO2 e velocidade) e maior diferença média (VO2 2,68ml·kg-1·min-1; FC 6,87 bpm; velocidade 0,88km·h-1). Tamanho de efeito pequeno foi encontrado no G1 entre os métodos (VO2: 0,06; velocidade: 0,20; FC: 0,14) e efeitos Pequenos e moderados foram encontrados no G2 entre os métodos (VO2: 0,39; velocidade: 0,43; FC: 0,51). Conclui-se que corredores com menor ACR apresentam melhor concordância para os métodos V-slope e VEq em comparação aqueles com maior ACR.