Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a influência do nível de aptidão cardiorrespiratória (ACR) entre os métodos Equivalente Ventilatório (VEq) e V-slope para determinação do Limiar Ventilatório 1 (LV1). 22 homens corredores (32,9 ± 9,4 anos) foram divididos em dois grupos: G1 - grupo com menor aptidão cardiorrespiratória (ACR:VO2máx 40 a 51 ml·kg-1·min-1) e G2 - maior ACR (VO2máx 56,4 a 72 ml·kg-1·min-1), divididos pelo percentil 50. Foi aplicado um teste incremental cardiopulmonar para identificar o LV1 através dos métodos VEq e V-slope, comparando as seguintes variáveis: Frequência Cardíaca (FC), Consumo de Oxigênio (VO2) e velocidade. Para comparações entre FC, VO2 e velocidade (grupos vs. métodos) empregou-se ANOVA de duas vias. O tamanho do efeito foi calculado utilizando d’Cohen. Para verificar a confiabilidade e a concordância, foram aplicados o coeficiente de correlação intraclasse, coeficiente de variação, erro típico e Bland Altman. Não foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05) entre métodos para G1 (VO2, FC e velocidade) e Bland Altman revelou boa concordância (diferença média: VO2 0,35ml·kg-1·min-1; FC 2,58bpm; velocidade 0,33km·h-1). Contudo, G2 apresentou diferenças estatísticas entre métodos (VO2 e velocidade) e maior diferença média (VO2 2,68ml·kg-1·min-1; FC 6,87 bpm; velocidade 0,88km·h-1). Tamanho de efeito pequeno foi encontrado no G1 entre os métodos (VO2: 0,06; velocidade: 0,20; FC: 0,14) e efeitos Pequenos e moderados foram encontrados no G2 entre os métodos (VO2: 0,39; velocidade: 0,43; FC: 0,51). Conclui-se que corredores com menor ACR apresentam melhor concordância para os métodos V-slope e VEq em comparação aqueles com maior ACR.

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