Resumo

O desempenho físico-funcional eficiente tem sido associado ao bem-estar, e à qualidade de vida de idosas por proporcionarem uma maior facilidade na realização de atividades básicas e instrumentais de vida diária. Assim, estudar fatores que possam influenciar a capacidade física-funcional desta população é de suma importância. OBJETIVO: Comparar a aptidão física e funcional de mulheres idosas com níveis de atividade física da vida diária(AFVD) inferior e superior a 8000 passos/dia. MÉTODOS: Estudo transversal, composto por 245 mulheres idosas com 69±9,38 anos, fisicamente independentes, residentes no município de Londrina/PR. O desempenho físico e funcional foi avaliado por meio de 6 testes: teste de caminhada de 6 minutos(TC6); equilíbrio estático com apoio unipodal (EQUIL); agilidade corporal (AGIL); teste de preensão palmar(PMAN); teste de sentar e levantar(SLEV); teste de sentar e alcançar(SALC); Índice de Aptidão Física e Funcional Geral(IAFG6). A medida do nível de Atividade Física da Vida Diária (AFVD) ocorreu mediante a utilização do pedômetro por sete dias consecutivos. Para fins de análises considerou-se o ponto de corte de 8000 passos/dia, e os grupos foram divididos em menos ativo (≤7999) e mais ativo (≥8000). Os dados foram analisados utilizando o software SPSS, e mediante aos testes de comparação-(Test t Student). A técnica de Bootstrapping foi utilizada para a correção da normalidade e homogeneidade dos dados, sendo adotado um índice de significância de 5%. RESULTADOS: Observou-se que 162(66,1%) realizavam ≤7999 passos/dia e 83(33,8%) realizavam ≥8000. A média do número de passos/dia foi de 6950±3657 passos/dia. As análises demonstraram diferenças significantes entre os grupos, com pior desempenho para o grupo "menos ativo (≤7999)" comparado ao grupo "mais ativo (≥8000)", apenas nos testes de EQUIL(12,02±9,6 vs 16,65±9,7;p<0,001); AGIL (28,66±9,6 vs 24,35±4,5;p<0,001) e IAFG6 (20,66±5,8 vs 23,65±5,0;p<0,001). Embora, as demais variáveis tenham demostrado resultados melhores nos testes para o grupo "mais ativo (≥8000)", as diferenças não foram significantes estatisticamente. CONCLUSÃO: Conclui-se que as capacidades físicas-funcionais diferem em relação aos níveis de AFVD, destacando: EQUIL, AGIL e IAFG6. Essas variáveis são mais sensíveis as mudanças de posições e associam-se a tarefas diárias ativas e que exigem condições neuromotoras complexas, como a caminhada, podendo influenciar o padrão de AFVD ou vice-versa.

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