Nível de atividade física da vida diária e desempenho físico e funcional de mulheres idosas fisicamente independentes
Por Natali Maciel Folster de Santana (Autor), Mário Molari (Autor), Walquiria Batista de Andrade (Autor), Andrea San Marin Santantonio (Autor), Amanda Vido (Autor), Wanilson Alexandre Baldassin Glatz (Autor), Fábio Nascimento da Silva (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O desempenho físico-funcional eficiente tem sido associado ao bem-estar, e à qualidade de vida de idosas por proporcionarem uma maior facilidade na realização de atividades básicas e instrumentais de vida diária. Assim, estudar fatores que possam influenciar a capacidade física-funcional desta população é de suma importância. OBJETIVO: Comparar a aptidão física e funcional de mulheres idosas com níveis de atividade física da vida diária(AFVD) inferior e superior a 8000 passos/dia. MÉTODOS: Estudo transversal, composto por 245 mulheres idosas com 69±9,38 anos, fisicamente independentes, residentes no município de Londrina/PR. O desempenho físico e funcional foi avaliado por meio de 6 testes: teste de caminhada de 6 minutos(TC6); equilíbrio estático com apoio unipodal (EQUIL); agilidade corporal (AGIL); teste de preensão palmar(PMAN); teste de sentar e levantar(SLEV); teste de sentar e alcançar(SALC); Índice de Aptidão Física e Funcional Geral(IAFG6). A medida do nível de Atividade Física da Vida Diária (AFVD) ocorreu mediante a utilização do pedômetro por sete dias consecutivos. Para fins de análises considerou-se o ponto de corte de 8000 passos/dia, e os grupos foram divididos em menos ativo (≤7999) e mais ativo (≥8000). Os dados foram analisados utilizando o software SPSS, e mediante aos testes de comparação-(Test t Student). A técnica de Bootstrapping foi utilizada para a correção da normalidade e homogeneidade dos dados, sendo adotado um índice de significância de 5%. RESULTADOS: Observou-se que 162(66,1%) realizavam ≤7999 passos/dia e 83(33,8%) realizavam ≥8000. A média do número de passos/dia foi de 6950±3657 passos/dia. As análises demonstraram diferenças significantes entre os grupos, com pior desempenho para o grupo "menos ativo (≤7999)" comparado ao grupo "mais ativo (≥8000)", apenas nos testes de EQUIL(12,02±9,6 vs 16,65±9,7;p<0,001); AGIL (28,66±9,6 vs 24,35±4,5;p<0,001) e IAFG6 (20,66±5,8 vs 23,65±5,0;p<0,001). Embora, as demais variáveis tenham demostrado resultados melhores nos testes para o grupo "mais ativo (≥8000)", as diferenças não foram significantes estatisticamente. CONCLUSÃO: Conclui-se que as capacidades físicas-funcionais diferem em relação aos níveis de AFVD, destacando: EQUIL, AGIL e IAFG6. Essas variáveis são mais sensíveis as mudanças de posições e associam-se a tarefas diárias ativas e que exigem condições neuromotoras complexas, como a caminhada, podendo influenciar o padrão de AFVD ou vice-versa.