Nível de Atividade Física e Capacidade Funcional de Idosos Institucionalizados da Cidade de Brasília, Df
Por Samuel Brito de Almeida (Autor), Priscila de Souza (Autor), Bruno Alves de Lira (Autor), Rodrigo da Silva Coelho (Autor), Angela Ferreira do Nascimento (Autor), Milenne da Silva Spinola (Autor), Ana Caroline Magalhães Maniçoba (Autor), Luciana Zaranza Monteiro (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O aumento da longevidade e do percentual de idosos no Brasil e no mundo parece ser consequência de um melhor estado de saúde. Entretanto, em muitos casos a senescência se acompanha de doenças crônicas e limitações físicas, com consequente tendência de redução nos níveis de atividade fisica, corroborando com a piora do estado de saúde e da qualidade de vida dessa população. Objetivo: Avaliar o nível de atividade fisica e capacidade funcional em idosos institucionalizados, além de avaliar a associação entre o nível de atividade física e as condições de saúde dessa população. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 285 idosos com idade superior a 60 anos, moradores nas Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPI) na cidade de Brasília, DF, no período de janeiro a junho de 2017. Os dados foram obtidos por meio de aplicação de questionário sociodemográfico (idade, sexo, grau de escolaridade e estado civil), perguntas referentes a presença de doenças clínicas; a capacidade funcional (CF) foi avaliada pelo questionário desenvolvido por Andreotti e Okuma, em que os idosos foram classificados como tendo melhor capacidade funcional (muito boa e boa), ou pior capacidade funcional (média, ruim e muito ruim) e para avaliar o nível de atividade fisica (NAF) foi aplicado o International Physical Activity Questionaire (IPAQ – versão curta). Foram utilizados teste qui-quadrado, odds ratio e teste de Mann-Whitney para identificar as associações. Os dados foram avaliados pelo programa STATA versão 9.2. Resultados: Dos 285 idosos, 195 (68.4%) eram mulheres e 90 (31.6%) homens, a idade predominante foi entre 70-79 anos (58.9%), 197 (69.1%) tinham o ensino fundamental completo e 105 (36.8%) dos idosos eram viúvos. As doenças clínicas mais frequentes foram: 228 (80%) doenças cardiovasculares, 205 (71.9%) diabetes tipo 2, 198 (69.4%) hipertensão arterial, 75 (26.3%) osteoporose, 36 (12.6%) câncer e 16 (5.6%) doença de Parkinson. As mulheres apresentaram pior CF que os homens, além de menor NAF. Os fatores que se associaram de maneira independente à pior capacidade funcional foram ter 75 anos e mais, ser do gênero feminino, fazer uso contínuo de mais de cinco medicamentos e considerar a própria saúde pior que a de seus pares. Menores NAF se associaram às seguintes variáveis: idade maior que 75 anos, pior saúde auto-referida, pior CF. Conclusão: Sugere-se que novos estudos específicos para esta população sejam realizados, abordando o impacto do NAF nas condições de saúde.