Resumo

Objetivo: A relação entre a prática regular da atividade física (AF) e a composição corporal em adolescentes ainda não foi claramente estabelecida. Parte do problema reside na falta de validade das técnicas e equações utilizadas para predizer a composição corporal em diferentes grupos étnicos, principalmente durante a adolescência devido a mudanças na quantidade de água, minerais e proteínas corporais. Este estudo analisou as associações entre AF, atividade sedentária e composição corporal, e comparou resultados da composição corporal obtidos por antropometria e bioimpedância (BIA) com a hidrometria em adolescentes fisicamente ativos do Distrito Federal. Métodos: Peso, altura e dobras cutâneas foram medidos, as atividades diárias foram quantificadas e o nível de atividade física (NAF) foi calculado em 326 meninos e meninas fisicamente ativos com idades entre 11 e 15 anos. A presença da maturação foi questionada. Na segunda fase, uma sub-amostra de 104 meninos e meninas foram medidos através da antropometria, BIA e hidrometria de forma comparativa. Resultados: Após ajustes para idade e maturação, o NAF foi positiva e significativamente associado com o índice de massa corporal (IMC) e o índice de massa magra em meninos e foi negativa e significativamente associado com o IMC e o índice de massa gorda em meninas (P < 0,05). Não houve associação entre a inatividade física e a composição corporal neste grupo. Resultados obtidos por antropometria e BIA produziram vieses e amplos limites de concordância quando comparados à hidrometria. Conclusão: O NAF possui relação com a composição corporal em adolescentes fisicamente ativos. A antropometria e BIA produziram valores médios de composição corporal válidos quando comparados à hidrometria, entretanto, os resultados individuais apresentaram amplos níveis de sub ou superestimação. Uma nova equação preditiva da composição corporal por antropometria foi apresentada com o objetivo de minimizar os erros verificados. 

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