Nível de Atividade Física e Estado Nutricional de Pessoas com Deficiencia Física, Mental, Intelectual e Sensorial de Um Município do Sul de Minas Gerais
Por Luís Paulo Pires Corrêa (Autor), Deyliane Aparecida de Almeida Pereira (Autor).
Resumo
O objetivo foi identificar o nível de atividade física e o estado nutricional de pessoas com deficiência em um município do Sul de Minas Gerais. Estudo quantitativo de corte transversal, sendo a amostra composta por 24 pessoas com deficiência. Utilizou-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, para verificar o nível de atividade física e as medidas antropométricas (massa corporal, estatura e dobras cutâneas) para cálculo do percentual de gordura corporal e índices. A idade média da amostra é de 41 anos (DP±14), 59,1% são sedentárias e 31,8% irregularmente ativos. Quanto à predisposição a risco de doenças crônico-degenerativas a maioria apresenta risco muito elevado (60,9%) e elevado (13%), e risco substancial para doenças cardiovasculares (60,9%) e 91,3% são obesos pelo percentual de gordura. Verificou-se que há diferença estatisticamente significativa quanto ao peso corporal (p=0,002), percentual de gordura corporal (p=0,000) e índice de adiposidade corporal (p=0,002) entre homens e mulheres. Em comparação ao Estado Nutricional, a Circunferência da Cintura (p=0,001), Razão Cintura Estatura (p=0,005) e Relação Cintura Quadril (p=0,027) estabeleceram diferenças estatisticamente significantes. A amostra apresenta tendência ao estilo de vida sedentário, sendo justificado para os mesmos: preguiça e cansaço (26,1%), infraestrutura, projetos, acompanhamento, incentivo (39,1%), medo ou vergonha (17,4%) e doença ou patologia (17,4%). Portanto, os dados permitem inferir que as pessoas com deficiência do município apresentam risco elevado em doenças crônicas degenerativas, logo, torna-se indispensável que o poder público desenvolva intervenções objetivando promover a adoção de estilos de vida saudáveis.