Resumo
O presente estudo teve como objetivo verificar a relação entre o nível de atividade física (NAF) e frequência de atividade física estruturada (FAFE) com os componentes da aptidão física relacionada a saúde (ApRS) em adolescentes. A pesquisa contou com uma amostra de 204 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 15 e 17,9 anos de idade, matriculados em uma escola pública do município de São José dos Pinhais, Paraná, Brasil. O nível de atividade física de moderada a vigorosa intensidade (AFMV) e a frequência de atividade física estruturada foram avaliados por um questionário preenchido pelos adolescentes sobre as atividades físicas praticadas na semana subsequente a pesquisa. Os adolescentes foram divididos em dois grupos, ativos e inativos (inativos ? 420 Min/Sem de AFMV). Os componentes da ApRS avaliados foram: aptidão cardiorrespiratória através do teste de Léger; composição corporal pelo cálculo do IMC; aptidão musculoesquelética pelo teste de salto vertical e velocidade no teste de Illinois. Para a comparação entre os sexos foi utilizado o teste "t de student". Uma matriz de correlação entre as variáveis foi utilizada para verificar a interdependências com os componentes da aptidão física e uma regressão linear multivariada verificou que FAFE foi associado com altura de salto vertical (r = 0,24, p< 0,01), potência musculoesquelética (r = 0,27, p< 0,01) e agilidade (r = -0,15, p< 0,01). Adicionalmente verificou-se que ser do sexo feminino e apresentar maiores valores do escores z do IMC estiveram associados com menores níveis de aptidão física. Estratégias para facilitar a frequência de atividades físicas estruturadas em adolescentes se mostram necessárias para a prevenção dos efeitos deletérios que o estilo de vida sedentário pode desencadear na aptidão física e na prática de atividade física ao longo da vida.