Nível de Atividade Física em Idosos com Doença de Alzheimer Mediante Aplicação do Ipaq e de Pedômetros
Por Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas (Autor), Rodrigo Antunes Lima (Autor), William Serrano Smethurst (Autor), Mauro Virgilio Gomes de Barros (Autor), Carla Menêses Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 15, n 3, 2010.
Resumo
Os objetivos deste estudo foram: analisar indicadores de reprodutibilidade e de validade concorrente de medidas de atividades físicas (AF) obtidas através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) aplicado a pessoas idosas com doença de Alzheimer; e, descrever por meio de monitoração com pedômetros o nível de AF habitual e durante 30 minutos de caminhada supervisionada. A amostra foi constituída por 26 idosos (62-86 anos) com doença de Alzheimer. Os dados foram coletados mediante aplicação do IPAQ (versão longa) aplicado na forma de entrevista face-a- face com o cuidador. A reprodutibilidade foi testada medianteaplicações repetidas do questionário (uma semana de intervalo) enquanto o coefi ciente de validade concorrente foi determinado correlacionando o escore obtido pelo questionário com a média diária de passos (7 dias de monitoração com pedômetros). Quanto à reprodutibilidade teste-reteste, o coefi ciente de correlação intraclasse (CCI) para medida global de AF foi de 0,56 (IC95%: 0,23;0,77). No entanto, verifi cou-se que este coefi ciente foi praticamente zero para consistência da medida no domínio do lazer (CCI=0,01). Em relação à validade concorrente, a correlação entre o escore do IPAQ e a média diária de passos foi de 0,57 (IC95%: 0,24;0,79). A média diária de passos foi de 4645,5 (DP=634,6) e nos 30 minutos de caminhada supervisionada foi de 2010,3 (DP=988,6). Conclui-se que o IPAQ apresenta moderado grau de reprodutibilidade e validade concorrente, mas a consistência das medidas de AF no domínio do lazer é baixa. O uso de pedômetros pode ser útil para obter medidas da AF neste grupo populacional.