Resumo

INTRODUÇÃO: A implantação de grupos de convivência para idosos é uma das estratégias utilizadas para proporcionar um estilo de vida ativo em diversos aspectos. A inserção da atividade física no cotidiano da pessoa idosa traz diversos benefícios, no entanto, essa população ainda é considerada a menos ativo fisicamente em relação as outras faixas etárias. Nesse contexto, conhecer o nível de atividade física desse público bem como as barreiras que impedem a realização da atividade física torna-se necessário, uma vez que poderá auxiliar na elaboração e desenvolvimento de novas estratégias para o estímulo da prática de atividade física. OBJETIVO: Avaliar o nível de atividade física de idosos participantes de grupos de convivência. MÉTODO: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e de corte transversal. Participaram da pesquisa uma população de 61 idosos, os quais estavam distribuídos em cinco grupos de convivência cadastrados no Município da Vitória de Santo Antão. Foram coletados dados referentes às características sociodemográficas, morbidades referidas, fatores de risco e percepção de saúde, a fim de caracterizar a população. Para avaliar o nível de atividade física realizada numa semana normal utilizou-se o Questionário Internacional de Atividade Física adaptado para idosos. Para avaliar o comportamento dos idosos em relação a prática de atividade física, foram identificados as barreiras percebidas e o estágio de mudança de comportamento. As barreiras percebidas para a prática de atividade física foram coletas através de um questionário que apresenta uma lista de 22 possíveis barreiras que envolve aspectos físicos, ambientais e sociais. Para avaliação dos estágios foi utilizada uma questão fechada com cinco alternativas, o qual o participante foi classificado em um dos cinco estágios de mudança do comportamento para à prática de atividades físicas (pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção). Foram excluídos do estudo os idosos que apresentaram comprometimento cognitivo identificado pelo Mini Exame de Estado Mental. Para análise dos dados foi utilizado média, desvio padrão, frequência relativa e absoluta enquanto que para análise inferencial utilizou-se o teste de Correlação de Pearson e o Qui-Quadrado. RESULTADOS: A população estudada foi de 61 idosos, sendo nove excluídos pelos critérios de exclusão, restando 52 idosos. A idade média foi de 67 ± 5,9 anos, mais da metade apresentaram sobrepeso (71,2%), escolaridade até o ensino fundamental incompleto (53,8%), solteiros (53,8%), renda mensal de um a dois salários mínimos (82,7%) e aposentados (46,2%). Em relação aos estágios de mudança de comportamento 36,5% dos idosos encontravam-se no estágio de preparação. As principais barreiras percebidas para a prática de atividade física foram: “Tenho uma doença” (42,3%), “sem tempo livre” (38,5%) e “medo de cair” (30,8%). Os idosos foram considerados ativos em relação ao nível de atividade física total que engloba os quatros domínios da atividade física (lazer, lar, transporte e trabalho). CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo indicam que os idosos são ativos fisicamente em relação ao nível total e eles percebem como principais barreiras para a prática de atividade física a presença de doença, a falta de tempo e o medo de cair, e grande parte dos idosos encontram-se no estágio de preparação.

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