Nível de atividade física em jovens escolarizados com excesso de peso: uma revisão sistemática
Por Micael Deivison de Jesus Alves (Autor), Josivan Rosa dos Santos (Autor), Devisson dos Santos Silva (Autor), Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio (Autor), Michele Caroline de Souza Ribas (Autor), Roberto Jeronimo dos Santos Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 23, 2021.
Resumo
O objetivo desta revisão sistemática foi identificar a associação entre excesso de peso, obesidade e nível de atividade física em crianças e adolescentes brasileiros, no ambiente escolar. A busca eletrônica foi realizada nas principais bases de dados de referência (PubMed, LILACS, SciELO, SPORTDiscus, Web of Science, ERIC). A pesquisas nas bases resultaram em 3265 títulos potencialmente relevantes (2775 títulos após análise duplicada); 21 estudos preencheram todos os critérios de inclusão e foram analisados. Os estudos foram realizados entre 2007 e 2019, 47,6 % deles foram realizados no sul do Brasil, e apenas uma pesquisa foi realizada a nível nacional. Foi identificado prevalências de 5,4% a 21% para sobrepeso, 3,5% a 16,9% para obesidade e 11,8% a 40,1% para excesso de peso (obesidade + sobrepeso). De acordo com os resultados, 64,3% dos jovens com sobrepeso, 69,8% dos obesos e 37,7% daqueles com excesso de peso foram considerados insuficientemente ativos. A não padronização dos instrumentos para avaliar os níveis de atividade física e a pouca representatividade de outras regiões brasileiras foram classificadas como lacunas importantes. Os resultados reforçam o aumento da prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes no Brasil, e a alta prevalência de inatividade física entre estes jovens. A cada dez jovens acima do peso, seis são insuficientemente ativos.