Nível de Atividade Física Habitual em Portadores e Não Portadores de Neuropatia Diabética
Por João Carlos Marins (Autor), Carlos Lade (Autor), Luciana Lima (Autor), Maicon Albuquerque (Autor), Robson Teixeira (Autor), Janice Reis (Autor), Paulo Roberto dos Santos Amorim (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 21, n 4, 2016. Da página 325 a 335
Resumo
O aumento das atividades físicas habituais (AFH), como a caminhada e as consequentes contrações musculares delas oriundas, pode ser considerado uma estratégia de auxílio do controle metabólico em diabéticos. Apesar disso, complicações como a polineuropatia periférica simétrica distal (PSD) em pessoas com diabetes podem contribuir diretamente para a redução dos níveis da AFH. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar variáveis sanguíneas e o nível de AFH estimado por número de passos em diabéticos portadores e não portadores de PSD. Vinte e sete diabéticos, sendo 14 não portadores e 13 portadores de PSD atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, foram avaliados quanto ao nível de atividade física habitual estimada por número de passos/dia através de pedômetros. Cada participante utilizou o equipamento durante sete dias e os dados relacionados a cinco dias de semana e dois dias do final de semana foram analisados. Além disso, foram submetidos à avaliações antropométricas e bioquímicas. Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis antropométricas e bioquímicas entre os grupos. O grupo sem PSD apresentou médias de passos em 7 dias, nos dias de semana e dias de final de semana estatisticamente superiores ao grupo com PSD (p < 0,05). Apesar do grupo sem PSD ser mais ativo, os dois grupos apresentam baixos níveis de AFH estimada por número de passos/dia, evidenciando a necessidade de elaboração de programas educacionais de atividades físicas específicos para ambas as populações.