Resumo

O aumento das atividades físicas habituais (AFH), como a caminhada e as consequentes contrações musculares delas oriundas, pode ser considerado uma estratégia de auxílio do controle metabólico em diabéticos. Apesar disso, complicações como a polineuropatia periférica simétrica distal (PSD) em pessoas com diabetes podem contribuir diretamente para a redução dos níveis da AFH. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar variáveis sanguíneas e o nível de AFH estimado por número de passos em diabéticos portadores e não portadores de  PSD. Vinte e sete diabéticos, sendo 14 não portadores e 13 portadores de PSD atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, foram avaliados quanto ao nível de atividade física habitual estimada por número de passos/dia através de pedômetros. Cada participante utilizou o equipamento durante sete dias e os dados relacionados a cinco dias de semana e dois dias do final de semana foram analisados. Além disso, foram submetidos à avaliações antropométricas e bioquímicas. Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis antropométricas e bioquímicas entre os grupos. O grupo sem PSD apresentou médias de passos em 7 dias, nos dias de semana e dias de final de semana estatisticamente superiores ao grupo com PSD (p < 0,05).  Apesar do grupo sem PSD ser mais ativo, os dois grupos apresentam baixos níveis de AFH estimada por número de passos/dia, evidenciando a necessidade de elaboração de programas educacionais de atividades físicas específicos para ambas as populações.

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