Nível de Atividade Física no Lazer Após a Cirurgia Bariátrica Afeta Parâmetros ósseos?
Por Alexandre do Santos Cremon (Autor), Anselmo Alexandre Mendes (Autor), Caio Machado de Oliveira Terra (Autor), Letícia Andrade Cerrone (Autor), Nelson Nardo Júnior (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 2, 2018. Da página 1 a 14
Resumo
A cirurgia bariátrica (CB) ocasiona uma perda acentuada de massa corporal e gordura, com reflexos em outros tecidos corporais como o ósseo. Objetivou-se comparar o perfil de marcadores ósseos séricos e urinários e a densidade mineral óssea (DMO) de pessoas submetidas a CB classificadas como ativas ou sedentárias. A amostra foi composta por 89 pacientes submetidos a CB por bypass em Y de Roux, entre os anos de 2003 a 2013, de ambos os sexos. Foram realizadas avaliações antropométricas, composição corporal, DMO de coluna e fêmur por Absormetria por dupla emissão de raio-x (DXA) e variáveis bioquímicas, por meio de coletas séricas para a dosagem de cálcio, osteocalcina, PTH e coletas urinárias (urina-24 horas) para dosagem de deoxipiridinolina e cálcio. O nível de atividade física no lazer foi avaliado por questionário. A significância estatística foi estabelecida em 5%. A idade média dos grupos classificados como ativo e sedentário foi de [51,76(9,66)] e [47,06(12,16)] e o índice de massa corporal de [34,98(6,90)] e [29,26(5,92)], respectivamente. Houve diferenças nos níveis de osteocalcina (P=0,021), bem como tamanho de efeito pequeno observados nas variáveis: DMO do Fêmur total, osteocalcina, deoxipiridinolina e cálcio sérico (respectivamente d= 0.36; d=0.39; d=0.41; d=0.3). A adoção de um nível de atividade física considerada “alta” no lazer apresentou impacto positivo sobre os níveis circulantes de osteocalcina, além de outros parâmetros ósseos, indicando uma possível preservação da DMO no decorrer do processo de envelhecimento.