Nível de Atividade Física Vs Escore de Mudanças de Comportamento Para Atividade Física
Por Italo Lira Soares (Autor), Jéssica Subires Santos (Autor), Lais Akemi Sakuraba (Autor), Gisele Machado Peixoto Mano (Autor), Talita de Souza Soares (Autor), Silvana Vertematti (Autor), Jonas Daniel Candeira Lima (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Hoje é indiscutível a eficácia da atividade física para o bem-estar e saúde, desde que orientada por profissionais habilitado, o aconselhamento de atividade física é um importante instrumento para o tratamento de saúde. Desta forma, a enfermagem pode utilizar esta ferramenta como um diferencial no seu projeto terapêutico de cuidado. OBJETIVO: Classificar o nível de atividade física e o escore de mudança comportamental (Prochaska) para atividade física em pacientes acompanhados no ambulatório de enfermagem desportiva de uma universidade privada da cidade de São Paulo. MÉTODO: Foram atendidos semanalmente por alunos do ambulatório de enfermagem desportiva de uma faculdade privada do estado de São Paulo, com a supervisão de um monitor, pacientes de ambos os sexos com idade entre 18 e 76 anos, que frequentam o serviço de saúde ou são convidados para participar na sala de espera, usando o “Protocolo de Aconselhamento de Atividade Física”. Na consulta é entregue um TCLE para permissão de coleta de dados, são levantadas informações clinicas e também acerca do nível de atividade física realizado até a data e como é a rotina diária do paciente. Após a coleta de dados é realizado o preenchimento do “Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ curto” e do “Escore de PROCHASKA”, avaliando o nível de atividade física e em qual estado do padrão de vida ele se encaixa. Conjuntamente a isso é realizado o eletrocardiograma, que é avaliado interdisciplinarmente junto ao ambulatório de medicina esportiva. É solicitado a todos pacientes que retornem em dois a três meses para uma reavaliação. Todos os dados são retirados dos prontuários dos pacientes e tabulados usando o EXCEL 2016. RESULTADO: De acordo com os atendimentos realizados entre agosto de 2016 e agosto de 2017, foram acompanhados 46 pacientes, sendo a maioria mulheres (74%) e minoria homens (12%) sendo o mais novo com 18 anos e o mais velho com 75 anos, em média 48 anos (desvio padrão de 19 anos). Pouco mais de um terço (35,80%) dos pacientes relataram ter histórico familiar de Hipertensão Arterial Sistêmica e um quarto antecedente familiar de Diabetes Mellitus (25,9%), quanto ao histórico pessoal contatou-se que 37,8% possuem Hipertensão Arterial Sistêmica, sendo a de maior prevalência, média de peso de 79,73 kg (desvio padrão de 15,61kg), e IMC 29,9 Kg/m2(desvio padrão de 6,27 Kg/m2), a média da pressão arterial sistólica 122mgHg e diastólica 78mmHg (desvio padrão de 9,62 e 9,79 respectivamente. Segundo o IPAC pouco menos da metade (45,65%) dos pacientes são considerados Insuficientemente Ativos, seguidos por Ativos (17,39%), Suficientemente Ativos (15,21%), Dados Ilegíveis (15,21%) e Sedentários (6,52%). Com o resultado do PROCHASKA obtivemos que pouco mais de um terço (36,95%) dos pacientes se enquadram como estado de Contemplação, seguidos de Manutenção (17,39%), Dados Ilegíveis (17,39%), Preparação (15,21%), Ação (10,86%) e Ativos (2,17%). CONCLUSÃO: Nas consultas foi observado que os pacientes não conseguem mensurar, sem o auxílio dos instrumentos utilizados, o seu próprio nível de atividade física, sempre relatando que se consideram suficientemente ativos ou ativos. Foi observado também que os pacientes que procuraram o serviço, em sua maioria, buscaram-nos por possuir alguma patologia crônica prévia. A maior porcentagem dos pacientes tendo sido classificada como insuficientemente ativos e em estado de contemplação facilita a adesão das propostas de intervenção e um retorno positivo quanto à adequação dos pacientes as atividades físicas. Pode-se concluir então que o papel do enfermeiro, nesse âmbito, é de aconselhar sobre as medidas e atividades a serem tomadas para que o paciente adeque sua rotina, tornando-a mais saudável e com menor impacto monetário, assim podendo ser implementada em Unidades Básicas de Saúde.