Resumo

INTRODUÇÃO: Hoje é indiscutível a eficácia da atividade física para o bem-estar e saúde, desde que orientada por profissionais habilitado, o aconselhamento de atividade física é um importante instrumento para o tratamento de saúde. Desta forma, a enfermagem pode utilizar esta ferramenta como um diferencial no seu projeto terapêutico de cuidado. OBJETIVO: Classificar o nível de atividade física e o escore de mudança comportamental (Prochaska) para atividade física em pacientes acompanhados no ambulatório de enfermagem desportiva de uma universidade privada da cidade de São Paulo. MÉTODO: Foram atendidos semanalmente por alunos do ambulatório de enfermagem desportiva de uma faculdade privada do estado de São Paulo, com a supervisão de um monitor, pacientes de ambos os sexos com idade entre 18 e 76 anos, que frequentam o serviço de saúde ou são convidados para participar na sala de espera, usando o “Protocolo de Aconselhamento de Atividade Física”. Na consulta é entregue um TCLE para permissão de coleta de dados, são levantadas informações clinicas e também acerca do nível de atividade física realizado até a data e como é a rotina diária do paciente. Após a coleta de dados é realizado o preenchimento do “Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ curto” e do “Escore de PROCHASKA”, avaliando o nível de atividade física e em qual estado do padrão de vida ele se encaixa. Conjuntamente a isso é realizado o eletrocardiograma, que é avaliado interdisciplinarmente junto ao ambulatório de medicina esportiva. É solicitado a todos pacientes que retornem em dois a três meses para uma reavaliação. Todos os dados são retirados dos prontuários dos pacientes e tabulados usando o EXCEL 2016. RESULTADO: De acordo com os atendimentos realizados entre agosto de 2016 e agosto de 2017, foram acompanhados 46 pacientes, sendo a maioria mulheres (74%) e minoria homens (12%) sendo o mais novo com 18 anos e o mais velho com 75 anos, em média 48 anos (desvio padrão de 19 anos). Pouco mais de um terço (35,80%) dos pacientes relataram ter histórico familiar de Hipertensão Arterial Sistêmica e um quarto antecedente familiar de Diabetes Mellitus (25,9%), quanto ao histórico pessoal contatou-se que 37,8% possuem Hipertensão Arterial Sistêmica, sendo a de maior prevalência, média de peso de 79,73 kg (desvio padrão de 15,61kg), e IMC 29,9 Kg/m2(desvio padrão de 6,27 Kg/m2), a média da pressão arterial sistólica 122mgHg e diastólica 78mmHg (desvio padrão de 9,62 e 9,79 respectivamente. Segundo o IPAC pouco menos da metade (45,65%) dos pacientes são considerados Insuficientemente Ativos, seguidos por Ativos (17,39%), Suficientemente Ativos (15,21%), Dados Ilegíveis (15,21%) e Sedentários (6,52%). Com o resultado do PROCHASKA obtivemos que pouco mais de um terço (36,95%) dos pacientes se enquadram como estado de Contemplação, seguidos de Manutenção (17,39%), Dados Ilegíveis (17,39%), Preparação (15,21%), Ação (10,86%) e Ativos (2,17%). CONCLUSÃO: Nas consultas foi observado que os pacientes não conseguem mensurar, sem o auxílio dos instrumentos utilizados, o seu próprio nível de atividade física, sempre relatando que se consideram suficientemente ativos ou ativos. Foi observado também que os pacientes que procuraram o serviço, em sua maioria, buscaram-nos por possuir alguma patologia crônica prévia. A maior porcentagem dos pacientes tendo sido classificada como insuficientemente ativos e em estado de contemplação facilita a adesão das propostas de intervenção e um retorno positivo quanto à adequação dos pacientes as atividades físicas. Pode-se concluir então que o papel do enfermeiro, nesse âmbito, é de aconselhar sobre as medidas e atividades a serem tomadas para que o paciente adeque sua rotina, tornando-a mais saudável e com menor impacto monetário, assim podendo ser implementada em Unidades Básicas de Saúde.

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