Nível de Estresse em Oficiais de Arbitragem de Handebol do Paraná
Por Silvia Bandeira da Silva Lima (Autor), Bruna Frigeri Franciscon (Autor), Walcir Ferreira Lima (Autor), Mariane Aparecida Coco (Autor), Flávia Évelin Bandeira Lima (Autor).
Resumo
Contextualização: A presença do árbitro em qualquer modalidade esportiva é indispensável para que uma partida se realize, identificando que ele é o responsável pelo controle do jogo e aplicação das regras. Objetivo: Sendo assim, esse estudo teve como objetivo avaliar os principais fatores que mais se configuram como agentes estressores em árbitros de Handebol do Paraná. Métodos: Foi um estudo quantitativo descritivo com delineamento metodológico transversal. A amostra foi composta por 52 árbitros de ambos os sexos. Utilizou-se o Formulário para Identificação de Situações de “Stress”, o qual, apresentava 38 questões, que dividia o nível de estresse em 5 categorias: técnico, atletas, torcida, motivo pessoal e equipe de arbitragem. Após, os dados foram submetidos a análise estatística, recorreu-se aos procedimentos da estatística descritiva de frequência absoluta e relativa (percentual - %). Resultados: De acordo com os resultados desse estudo, verifica-se como principais fatores estressores, o técnico que incita a violência em quadra (38,5%), o jogador desleal (32,7%), as ameaças de agressão por parte da torcida (19,2%), cometer erros em momentos decisivos (36,5%) e a falta de apoio da equipe de arbitragem quando o árbitro da partida comete um erro (23,1%). Conclusões: Conclui-se, que o principal fator estressor para os árbitros da Associação Paranaense de Handebol é o técnico que incita a violência em quadra.
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