Nível de Sedentarismo de Universitários da área de Saúde em Cidade do Interior do Estado de Minas Gerais, Brasil
Por Álvaro Penoni (Autor), Douglas Marques (Autor), Ricardo Freitas Dias (Autor), Juracimara Penoni (Autor), Sara Teixeira (Autor), Roberta Deslandes (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O objetivo desse trabalho foi realizar o levantamento do nível de sedentarismo de
jovens universitários de cursos da área de saúde na cidade de Lavras, interior de
Minas Gerais. Foram pesquisados os cursos de Educação Física, Fisioterapia,
Odontologia, Enfermagem, Farmácia/Química, Nutrição e Ciências Biológicas de
duas escolas privadas de ensino superior. Foi utilizado como instrumento de coleta
de dados o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Os resultados
foram classificados segundo o documento "Guia para processamento e análise dos
dados do Questionário Internacional de Atividade Física" (IPAQ) e receberam
tratamento estatístico através da estratificação por gêneros, sendo os grupos
comparados pelo teste Qui-quadrado com o nível de significância de 5%. Foram
entrevistados 738 universitários, sendo que a maior parte era do sexo feminino e
com idades entre 20 e 24 anos. A grande maioria (76,8%) não trabalha de forma
remunerada e é solteira (86,1%) Do total da população, 41,2% foram classificados
como Sedentários e 25,7% como Insuficientemente Ativos. As estratificações
revelaram que: as mulheres têm um comportamento mais sedentário que os homens;
que os indivíduos que trabalham de forma remunerada apresentam nível de atividade
física superior aos que não trabalham; o curso de Educação Física, quando comparado
aos outros cursos da área de saúde mostra a menor porcentagem de indivíduos
Sedentários e, ao mesmo tempo, a maior porcentagem de indivíduos Altamente e
Suficientemente Ativos. O estudo da rotina diária de jovens universitários de cursos
da área de saúde não fugiu à regra quando comparado aos estudos populacionais
nacionais e internacionais: a grande maioria não atende às necessidades mínimas de
atividade física para promoção de saúde. Pensar em uma ligação direta entre área de
saúde e melhores condições de vida, ou no mínimo maior nível de informação a
respeito dos assuntos relacionados à prevenção e manutenção de uma boa qualidade
de vida, não procede entre a população de estudantes universitários analisada. Concluise, portanto, que cabe aos gestores de saúde ou aos próprios gestores municipais,
estaduais e federais, bem como aos meios de comunicação e a todas as entidades
que tenham participação ativa na formação de opinião da população, a
responsabilidade de desenvolver estudos e formular metodologias capazes de
comprovar os benefícios e os impactos positivos da atividade física regular na
promoção de saúde.