Resumo

O stress é um fator importante que pode causar prejuízo na qualidade de vida das pessoas e está ligado ao estabelecimento e desenvolvimento de inúmeras doenças. Diversas formas de combater o stress são utilizadas, desde o uso de medicamentos, psicoterapia, ingestão de alimentos funcionais e atividade física. Este estudo teve como objetivo avaliar o stress e seu respectivo nível nos corredores de rua amadores em período de pré-competição, bem como a predominância sintomática, correlacionando com as variáveis gênero e faixa etária. Participaram desta pesquisa 65 corredores amadores de maratona, sendo 54 homens e 11 mulheres, com idade variando entre 27 e 67 anos e média de 55, 83% possuíam grau de escolaridade superior ou pós-graduado, 97% corriam há mais de um ano, 55% tinham treinador físico, 77% treinavam quatro ou mais vezes por semana, 55% fizeram avaliação médica há menos de seis meses da data da prova, 98%, já haviam corrido uma maratona e 64% treinaram entre três e seis meses para a prova. Para a avaliação do stress utilizou-se o Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL) e um Protocolo de Caracterização Sócio-Demográfica. Observou-se que 74% dos homens e 100% das mulheres não apresentavam stress, em desacordo com as pesquisas levantadas que apontam maior incidência de stress no sexo feminino. Quanto ao nível de stress nos homens, 3,7% encontravam-se na fase de alerta e 7,4% na fase de resistência. Constatou-se maior sintomatologia psicológica (83,3%). A análise estatística mostrou que não há correlação significativa entre as variáveis stress, sexo e faixa-etária nos corredores. Face os resultados apresentados, percebe-se que a corrida de rua, mesmo extenuante como a maratona não pode ser apontada como fator que compromete a saúde psicológica do praticante amador. Novos estudos envolvendo grupos populacionais maiores, é necessário para proporcionar melhor generalização dos resultados.

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