Normalizando o desempenho físico funcional e força para idosos: uma proposta baseada na padronização do tamanho corporal
Por Andreza dos Santos Silva (Autor), Geovanna de Paula Martins de Souza (Autor), Marília Leite dos Santos (Autor), Jean Carlos Constantino Silva (Autor), Walbert Menezes Bitar (Autor), Rômulo de Oliveira Sena (Autor), Luiz Mochizuk (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Em geral, o desempenho físico funcional sofre alterações em relação ao tamanho do corpo (por exemplo, teste de levantar-se e sentar-se da cadeira, teste de levantar-se e ir (timed up and go-TUG), teste de força de preensão manual e teste de salto vertical) e a ausência de medidas normalizadas dificultam comparações entre sexo e condições funcionais. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi verificar as associações entre medidas em testes de força e desempenho físico funcional normalizadas e clínica com índice de massa corporal em idosas. MÉTODOS: Foram recrutadas 87 mulheres (> 60 anos), nestas após breve familiarização aplicou-se teste de caminhada 6m, teste de levantar-se da cadeira 5 vezes (L5X), TUG 6m, teste de força de preensão manual (FPM) e teste de salto vertical (agachado e contra movimento). O coeficiente de determinação (R²) foi aplicado para verificar a variável mais adequada (clínica e normalizada(n)) durante o modelo de regressão com IMC. RESULTADOS: O coeficiente de determinação (R2 ) apresentou valores baixos para as medidas clínicas para saltos (cm) e força de preensão manual (kgf) (intervalo de 1 a 2,4%), enquanto as medidas normalizadas (w/kg e kgf/kg0.67) apresentaram 19 a 30%, respectivamente. Por outro lado, dentro da medida desempenho físico funcional (L5X, TUG e caminhada de 6-m), apenas L5Xnormalizada (reps/kg-0.33) apresentou maior coeficiente de determinação em comparação com L5X (11% versus 0%, respectivamente). CONCLUSÃO: Do ponto de vista da aplicação prática, profissionais de saúde e condicionamento físico envolvidos com idosos devem considerar o uso de medida normalizada para medidas que sofrem com mudanças do tamanho do corpo, pois tal providência irá facilitar a comparação e compreensão da melhora ou não após aplicação de programas de treinamento. Ademais, medidas de força (saltos e preensão manual), além de testes de repetições com o próprio peso corporal tem melhor relação com medidas corporais, e por isso recomenda-se aplicação de ajustes dos resultados destes testes.