Resumo

Nas primeiras décadas do século XX, as sociedades dançantes Flor da União e Flor da Lyra tornaram-se referências no que tangue aos divertimentos em Bangu e nos demais bairros suburbanos da cidade do Rio de Janeiro. Tendo em conta que foram expressões de movimentos de formações identitárias e de busca de valorização local, este estudo tem por objetivo discutir as experiências dessas agremiações dançantes, tanto na lógica que explica a organização, quanto aos desafios e tensões que seus membros enfrentaram para consolidá-las. Quanto ao recorte em tela (1899-1922), levou-se em consideração a fundação da sociedade Flor da União, em 1899, e, 1922, período em que os movimentos irradiados ao redor das atividades dos clubes tornaram-se cada vez mais ocasionais. Dessa forma, esperamos elucidar um trajeto distinto sobre a história do bairro, dos subúrbios e do Rio de Janeiro, na tentativa de compreender como atores diversos foram centrais na formação do espaço, ou seja, atuaram na constituição de uma identidade local.

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