Resumo

Essa dissertação toma o Hip Hop na escola como um instrumento de análise para pensar as identidades, em especial a identidade negra, em confronto a desafios tais como o ideal do branqueamento. Essa é uma questão que é central nos assuntos contemporâneos. O objetivo geral do presente estudo foi analisar até que ponto o Hip Hop pode contribuir na construção da identidade de maneira positiva. Seu eixo principal da interrogação está na dualidade diferença-igualdade na luta contra preconceitos e estereótipos. A metodologia está baseada no estudo etnográfico (entrevista semi-estruturada, observação participante e análise de documentos) como também pesquisa-ação. Os resultados da pesquisa indicam limites, potenciais e desafios ao desenvolvimento de um projeto com uma prática cultural específica, tal como o Hip Hop na escola, numa perspectiva multicultural crítica. Contudo, o ideal do branqueamento é um problema educacional e social que tem raízes históricas. O presente estudo indica que a transcendência da aproximação de raça deve incluir muitos atores na emancipação (estudantes, família, professores, comunidade escolar). Porém, existem outras possibilidades de intervenção, explicitado no estudo quando este revela um processo configurado na pluralidade, a partir de diversas experiências, baseado, por exemplo, na perspectiva cultural híbrida pela qual a identidade Hip Hop pode ser concebida. O estudo argumenta, portanto, que o projeto, além disso, discute sobre desigualdade, assim como, atividades desenvolvidas na escola num alcance crítico-transformador, podendo ser um caminho para a mudança em ambos, o ideal do branqueamento e o racismo (institucional e difuso), sendo influente no desafio de outros processos que o atravessem, como o machismo e o sexismo

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