Resumo

O presente artigo explora os antecedentes, a cultura futebolística e a oposição por parte de muitos adeptos do Manchester United à aquisição do clube pela família norte-americana Glazer. Situa-se a luta contra o processo de aquisição no contexto de uma série de tendências que marcou a base de adeptos do United: a reafirmação da identidade local entre os apoiantes naturais de Manchester; a formação de diferentes grupos entre os adeptos; a natureza das respectivas comunidades. Analisa-se a incapacidade das organizações de adeptos altamente politizadas para impedirem a aquisição e consequente destruição da comunidade. E, para concluir, traça-se o processo de formação de um novo clube, propriedade dos adeptos — o FC United of Manchester, fundado por apoiantes descontentes e desiludidos do Manchester United —, à luz de diferentes abordagens teóricas ao conceito de «comunidade».

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