Nova Proposta de Teste Incremental de Remada na Avaliação Aeróbia de Surfistas
Por Felipe Bercht Canozzi (Autor), Bruno Honorato da Silveira (Autor), Mariana Fernandes Mendes de Oliveira (Autor), Fabrizio Caputo (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 29, n 3, 2015. Da página 361 a 369
Resumo
Os objetivos desse estudo foram: 1) verificar as respostas do lactato sanguíneo e da frequência cardíaca (FC) durante um protocolo de campo específico de remada no surfe; 2) correlacionar os índices de capacidade e potência aeróbia determinados nesse protocolo específico com o tempo de prática da modalidade e variáveis antropométricas. Participaram deste estudo nove sujeitos (24 ± 4,5 anos; 72,2 ± 6,7 kg; 178,4 ± 4,8 cm) que foram submetidos a um teste progressivo intermitente de remada sobre a sua própria prancha de surfe, do tipo vai e vêm, com velocidades iniciais entre 1-1,1 m/s e incrementos de 0,05 m/s a cada 3 min até a exaustão voluntária. Uma resposta linear e exponencial foram observadas para a FC e o lactato sanguíneo, respectivamente, durante o protocolo incremental. Este comportamento foi semelhante ao demonstrado durante protocolos incrementais com objetivo de avaliar a capacidade e a potência aeróbia realizados em outras modalidades cíclicas. Além disso, foram encontradas correlações significantes entre o pico de velocidade (PV) e a velocidade correspondente ao início do acúmulo de lactato no sangue (vOBLA) (r = 0,87, p = 0,005) e do PV com tempo de prática de surfe (r = 0,70, p = 0,03). No entanto, não foram encontradas correlações significativas entre PV e vOBLA com nenhuma das variáveis antropométricas mensuradas. Assim, podemos concluir que o protocolo incremental específico de remada no surfe utilizado no presente estudo poderia ser uma ferramenta útil na determinação de índices relacionados à capacidade (vOBLA) e potência (PV) aeróbia de surfistas