Resumo

O esporte instaurou-se como importante fenômeno sócio-cultural no século XX em cujo final passou por uma transformação em termos de valores e abrangência. Enquanto sua forma moderna que segundo referencial utilizado neste ensaio, teve sua gênese no século XIX, na Inglaterra pautava-se em disputas político-ideológicas, como amadorismo versus profissionalismo e comparação de performances entre regimes socioeconômicos, o esporte contemporâneo, posterior à Guerra Fria, surge como nova perspectiva, fruto de transformações relativas à comercialização da cultura e lazer. Esse objeto coloca-se como versão atual do esporte, ligado ao mercado e valores morais diferentes do fenômeno moderno, apresentando novas características, como práticas heterogêneas e comercialização exacerbada. Desenvolve também nova esfera de elitização de práticas, pautada em ditames mercadológicos e poder de compra. Por isso, tais fatores devem ser tratados no sentido de promover facilitação de acesso aos praticantes e espectadores e transmissão de valores morais que neguem exacerbações como corrupção, doping e especialização precoce de atletas.

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